O neo-liberalismo condenou a grande maioria dos cidadãos a viver num universo de permanente defesa e agressão. A pessoa que mostre empatia corre o perigo de ter que abandonar o mercado e de sofrer a morte social. Prevalece a cultura do ódio e da inimizade. O dinheiro e o poder são os valores máximos e uma casta de privilegiados acumula e controla enquanto os médios e os pequenos se batem na arena.
Pelo contrário, uma sociedade solidária e igualitária com um estilo de comunicação marcado pela amabilidade passaria a inculcar nas pessoas muito menos maldade e dar-lhes-ia mais espaço e mais tempo para o seu próprio desenvolvimento. Assim, as crianças poderiam consolidar e completar o seu nascimento psíquico, no sentido de serem plenamente humanas numa sociedade realmente humana. Uma sociedade onde a socialização se faz através da cooperação solidária em detrimento do dinheiro e do mercado.
As pessoas que nascessem e crescessem em tais condições utópicas estariam menos expostas à maldade e, portanto, não seriam constrangidas a empregar a mesma.
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