Cospem no prato em que comem...
Tão ou mais imbecis que aqueles “patrioteiros” ridículos são
os maldizentes do seu próprio país, para quem tudo está cada vez pior, mas não
se lhes conhece acção alguma positiva que pudessem apresentar como caminho a
seguir; como as coisas não lhes correm igual ao idealizado, em vez de tentarem
perceber porquê e experimentar um novo caminho, descarregam a frustração contra
uma entidade o mais das vezes completamente inocente.
E a verdade é que, como qualquer outro país, temos coisas
muito boas, algumas assim-assim e outras
muito más que, de resto, constituem a nossa idiossincrasia de nação quase
milenar, que já viveu a ilusão de ser um império e hoje paga bem caro por isso
porque, dos pergaminhos que daí possam ter ficado serão poucos os que colhem
vantagem que se veja.
Vem esta lengalenga barata a propósito de um “chiringuito” a
que já aqui fiz referência de passagem quando vi, numa TV espanhola, ser falado
que uma juíza no activo, em “A Coruña”, tinha sido admoestada por exercer, na
vida privada, actividades pouco consentâneas com a responsabilidade da
magistratuta.
Isto porque chegou aos altos responsáveis que a juíza Maria
Jesús Garcia distribuía panfletos em que se apresentava como especialista na
leitura de cartas de tarot, tendo a senhora respondido que se tratava apenas de
um passatempo com que tentava ajudar as pessoas de forma totalmente graciosa.
Acontece que uma jornalista “picuínhas”
quis saber mais daquilo e marcou consulta com a referida “bruxa”, gravando às
escondidas toda a conversa; e acertou em cheio porque, “la jueza tarotista”, como ficou carimbada,
além de lhe debitar um discurso de inaudita vulgaridade, a que nem faltaram
acusações de infidelidade ao marido da “cliente”, que não desmereciam da cigana
mais descarada, cobrou-lhe 45 € e recusou-se a passar recibo...
Amândio G. Martins
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