segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O banqueiro optimista



António Ramalho, o líder do Novo Banco, está optimista com o desempenho negativo da instituição. No lugar dele, eu também estaria. Com um salário e prémios, que desconheço, mas que é legítimo supor-se serem muito confortáveis, e com uma rede de protecção que, até 2026, os contribuintes portugueses lhe colocaram por debaixo do trapézio em que “voa”, tapando todos os “buracos” até ao máximo de quase quatro mil milhões de euros, quem não estaria optimista? Pode o Novo Banco continuar a dar prejuízo que não haverá problemas. E, se houver, António Ramalho, qual "banqueiro anarquista", sempre poderá aplicar a “engenhosa” estratégia de Paulo Macedo, na CGD, aumentando os preços e comissões a torto e a direito. De qualquer modo, o road book que a Lone Star certamente lhe entregou em 2017 não deve diferir muito do que se está a passar. E tudo se resolverá, “na paz do Senhor”, até que chegue o momento em que este Fundo decida que está na horinha de vender.  

Público - 06.08.2019

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