terça-feira, 27 de agosto de 2019


Competitividade falseada...


Ouvi um desses ganadeiros brasileiros – chico esperto – que são dos primeiros responsáveis pelos crimes ecológicos na selva amazónia -  para ganharem pasto para as enormes manadas que possuem -  papaguear o discurso dessa figura anedótica que desempenha as funções de presidente, que é o comparsa ideal que há muito esperavam, afirmando que são as ONG, por terem perdido a “mamata”, que alimentam contra o Brasil uma campanha mentirosa.

E que Macron, que está cheio de problemas com os “coletes amarelos”, aproveita a onda para também atacar o Brasil, com intenção de ganhar espaço para a carne francesa, que não consegue competir com a brasileira; este “rei do gado”, que paga mal, ou não paga mesmo, o seu pessoal escravizado, que alimenta os animais em terrenos roubados, gaba-se de ser mais competitivo que os europeus, que têm de cumprir normas apertadas, pagar decentemente aos trabalhadores e pagar o alimento dos animais.

E cabe aqui aquela disputa dos vendedores de vassouras que vendiam na mesma feira; as vassouras eram basicamente iguais, mas um deles tinha sempre um preço mais baixo que o concorrente; se este igualava, o outro ultrapassava, até que um dia, o que perdia negócio dirigiu- se ao outro nestes termos: Ó amigo, eu roubo cabos num lado, piassaba no outro, só tenho o trabalho de montar aquilo, e já não posso baixar mais o preço, não percebo como você consegue. “Bom – diz o outro – já que você foi tão franco, também lhe vou revelar o segredo: É que eu roubo as vassouras feitas!”...


Amândio G. Martins

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