Preocupantes, os ventos que sopram...
Andam disfarçados no meio da gente, fizeram cursos superiores e alguns, por um processo que Laurence Peter explica bem, chegam mesmo a ocupar postos de relevo na administração pública e na sociedade; todavia, não foi por acções marcantes em prol do bem comum que se destacaram; tal como o vírus que assola o mundo, nunca ninguém deu por eles até começarem a causar estragos.
Escreve um dia destes no JN o jornalista Miguel Conde Coutinho: “O ano de 2020 tornou-se o ano de todas as impossibilidades e as anormalidades não param, como debater o que não poderia nunca gerar debate algum, como a proposta que apareceu no congresso de um partido para que fossem retirados os ovários às mulheres que abortassem; castrados no córtex cerebral, há militantes desse partido que não sabem que o Mundo ocidental não é compatível com as barbaridades que advogam; igualmente castrado no hipocampo, um professor de Direito da Universidade de Lisboa propôs-se a ensinar a “violência doméstica como disciplina doméstica”.
No mesmo jornal, na revista Notícias Magazine, escreve Susana Romana na sua página “Almanaque”: “Eu sei que a proposta de retirar às mulheres os ovários chumbou, mas isso não me impede de agora sugerir que se retirem aos seus signatários os “tomates” e se lhos agrafem aos céus da boca a ver se não falam nunca mais”; e acerca do “beijo de amiga” da bastonária dos enfermeiros: “claro, é muito mais prático fazer duzentos quilómetros de carro do que mandar um WhatsApp a combinar um encontro para um café e um palmier”.
Amândio G. Martins
Posso pedir-lhe uma coisa? Mesmo que citando, nunca deixe de pôr o nome às coisas. O "congesso de um partido" é mesmo o congresso do CHEGA, chefiado pelo André Ventura, ambos fascistas.
ResponderEliminarFeito o pedido, uma correcção e dois comentários. O primeiro para dizer que os "coisos fascistas" queriam retirar às mulheres eram os ovários e não o útero. Talvez porque a sua "estética" é sempre fazer mal em número par e o útero é só um e, se quisessem tirar os três orgãos, a "coisa" ia ar ao mesmo ímpar...
Os comentários vão - o primeiro, laudatório - para o que diz: "eles" andam mesmo por aí... mesmo que sob uma capa de pretensa indiferença pela política e muito ignorância egoísta. O segundo - o beijo da enfermeira mor - confesso que não imaginava que ela chegaria a tanto ( foi só um beijinho, "tadinha"...).
Tem razão; não sei aonde fui buscar o útero, embora mutilação por mutilação vá dar ao mesmo. Quanto ao mais, como o simples pronunciar de certos nomes me causa urticária, fiz igual ao jornalista Miguel Conde Coutinho, que também os omitiu, se calhar pela mesma razão; de resto, qualquer pessoa que acompanhe minimamente a actualidade consegue identificar facilmente os protagonistas...
ResponderEliminarDesculpe insistir mas devemos "chamar os bois pelo nome" e, infelizmente, há gente que nem pelo mínimo acompanha a actualidade e assim CHEGA/Ventura/Fascismo vão ficando associados pelo ouvido. Tapar os ouvidos e os olhos já o macaco "sábio" o fazia...
EliminarÉ meu entendimento que quanto menos se falar desta corja, melhor; de facto, sendo o ostracismo o que mais os preocupa, daí que provoquem todo o tipo de cenas propositadamente para aparecerem nos jornais, que lhes têm dado desproporcionada cobertura, não lhes fazer publicidade parece-me o melhor método. Como dizia não recordo agora quem, "falem de mim, nem que seja para dizer mal!"...
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