quarta-feira, 23 de setembro de 2020

A NOVA VIDA

 Regresso à tranquilidade do lar. Leio Dostoievski. Elevo-me. Os livros e as cartas recuperadas da Goreti à minha frente. Os aviões. A música clássica. É, de facto, diferente escrever sob o efeito da cerveja ou sob o efeito do café. Com a cerveja, a escrita sai mais fluída, às vezes de jacto, não que seja necessariamente melhor. Com o café é mais pensada, ponderada. Hoje só tomei café. E penso. Penso no homem livre. Penso no homem que poderia ser livre. Se não existissem tantas prisões e estes patrões. Se as pessoas não se deixassem manipular. Mas uma boa parte das pessoas não alcança. Nem sei se quer alcançar. Só querem dinheiro, casa, família, conforto. Não vão mais além. Não sonham. Não são como certos poetas e certos filósofos e outras pessoas. Que acreditam num novo mundo, numa nova vida. E discutem e lutam por isso.

2 comentários:

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