Um que insiste no “armanço”...
Se calhar por se sentir solitário a fazer uma triste figura, aquele sujeito de Famalicão que proíbe os filhos de frequentar as aulas de Educação para a Cidadania quer agora arrastar outros para que façam o mesmo, “oferecendo-lhes” a minuta de uma carta para entregarem nas escolas, usando o argumento de que esse tema é da competência dos pais, esclarecendo aqueles que pretende “desencaminhar” que, “dos vários módulos que integram aquela disciplina, dois deles, “Educação para a Igualdade de Género” e “Educação para a Saúde e Sexualidade”, lhe suscitam preocupação e repúdio; e como o que não falta por aí são pobres diabos que não sabem o que andam a fazer no mundo, incapazes de qualquer acto relevante que o destaque pela positiva, é bem possível que haja quem dê ouvidos àquela voz de burro.
Escreve Valter Hugo Mãe, na sua recente crónica na Notícias Magazine: “Claro que sabemos o que incomoda os covardes e que passa pelo terror de se dizer aos mais novos que existem meninos e meninas e que algumas pessoas podem nascer com identidades de género mais complexas. ( ... ) Os covardes são-no com os próprios filhos, porque vão preferir educá-los miseráveis, mentindo-lhes em cada instante; (...) se alguma família quiser manter as suas crianças no reino medieval da imbecilidade, faça isso em casa, mas não obrigue a academia a adoptar a imbecilidade como pressuposto universal”.
Amândio G. Martins
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