Caros
Amigos, que vão tendo a pachorra de lerem os meus pobres escritos, dispersos
por muitos sítios.
E, antes de os
dar a conhecer - prosas e versos -, eles são rabiscados em qualquer papel que
tenha à mão de semear, como sói dizer-se.
Assim, ao
fazer uma limpeza ao muito que vou amontoando, dei com uma singela quadra feita
a minha Mãe, em 17-10-2001, dia do meu aniversário, quando ela andava muito
adoentada.
Ei-la:
Hoje faço anos.
Minha Mãe está
doente;
Os anos são os seus
danos,
Não estou nada
contente.
Depois, noutro papel, dei com as seguintes quadras:
Minha Mãe quando era
nova
Seu porte era
vistoso;
Velhinha, já não
renova
O corpo que foi
charmoso.
Agora, tão alquebrada
Na sua longevidade,
Sua imagem já vergada
Ao peso da sua idade.
O tempo foi passando;
Somente resta a
lembrança
De quem me foi
criando
Desde os tempos de
criança.
O céu está à espera
Que sua alma lá
chegue;
Eu peço, cá na Terra,
Que Deus dela se
entregue.
E, em
28/12/2005, deu-se o desenlace final. Faleceu com 91 anos de idade.
E hoje
finalizo, juntando tudo a mais esta quadra final:
Infelizmente, já
partiu
Para nunca mais
voltar;
Nada mais surtiu
A falta de me deixar.
José Amaral
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