quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Minha Mãe

Caros Amigos, que vão tendo a pachorra de lerem os meus pobres escritos, dispersos por muitos sítios.
E, antes de os dar a conhecer - prosas e versos -, eles são rabiscados em qualquer papel que tenha à mão de semear, como sói dizer-se.
Assim, ao fazer uma limpeza ao muito que vou amontoando, dei com uma singela quadra feita a minha Mãe, em 17-10-2001, dia do meu aniversário, quando ela andava muito adoentada.
Ei-la:
Hoje faço anos.
Minha Mãe está doente;
Os anos são os seus danos,
Não estou nada contente.


Depois, noutro papel, dei com as seguintes quadras:
Minha Mãe quando era nova
Seu porte era vistoso;
Velhinha, já não renova
O corpo que foi charmoso.

Agora, tão alquebrada
Na sua longevidade,
Sua imagem já vergada
Ao peso da sua idade.

O tempo foi passando;
Somente resta a lembrança
De quem me foi criando
Desde os tempos de criança.

O céu está à espera
Que sua alma lá chegue;
Eu peço, cá na Terra,
Que Deus dela se entregue.

E, em 28/12/2005, deu-se o desenlace final. Faleceu com 91 anos de idade.
E hoje finalizo, juntando tudo a mais esta quadra final:

Infelizmente, já partiu
Para nunca mais voltar;
Nada mais surtiu
A falta de me deixar.

José Amaral



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