A noite passada sonhei que fazia parte de um povo feliz e que Portugal era quase um paraíso, os campos, as aldeias, as vilas e cidades estavam cheias de gente feliz, todos tinham trabalho, com obrigações , é verdade, mas também com direitos. Sonhei que as famílias cresçiam com montes de crianças saudáveis, alegres e felizes, sonhei também que os nossos velhinhos viviam confortados e sem o pavor da solidão, que eram encarados pelos mais novos como fontes de sabedoria e não como um estorvo, e que por isso eram acarinhados e respeitados por todos. Sonhei também que para os portugueses deixara de ser tão importante o "dr." de doutor aparecer antes do nome de qualquer cidadão e que todos eram avaliados não pelos títulos e ou pelas aparênçias mas pelo que eram e faziam. Sonhei também que os governantes do nosso país eram os primeiros a dar o exemplo, com trabalho, honestidade e solidariedade, e que estavam na política para servir a nação e o povo e não para se servirem a si próprios. Mas eis que algo me fez acordar deste lindo sonho e caír no pesadelo que é esta dura realidade da nação portuguesa, um país de promessas e de sonhos eternamente adiados.
Publicada a 12 de fevereiro de 2014 no DN.
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