Para a generalidade dos economistas nacionais, os
portugueses possuem níveis de poupança inferiores, ao necessário para que sejam
criados recursos que permitam aumentar o investimento, sem recorrer ao
financiamento externo. Porém, a reduzida taxa de poupança, não se deve (ideia
bastante apregoada) ao excesso de consumo mas sim ao baixíssimo rendimento líquido
disponível, que a grande maioria das famílias dispõem. Agravado pelo elevado
nível de endividamento e os encargos com juros levando a que em muitos casos,
os indivíduos e as famílias recorram inclusivamente às suas poupanças para
fazerem faces às suas necessidades elementares. Assim sendo, para que a
economia gere os recursos essenciais para o investimento, é condição indispensável
o aumento do rendimento das famílias, associado a medidas de políticas públicas
que incentivem a poupança. Os cortes no consumo, como me parece óbvio, não são
a solução adequada para os problemas referidos e apenas contribuem para agravar
os indicadores de pobreza e para a degradação das condições de vida.
João António do Poço Ramos
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