quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A virtude da Poupança

Para a generalidade dos economistas nacionais, os portugueses possuem níveis de poupança inferiores, ao necessário para que sejam criados recursos que permitam aumentar o investimento, sem recorrer ao financiamento externo. Porém, a reduzida taxa de poupança, não se deve (ideia bastante apregoada) ao excesso de consumo mas sim ao baixíssimo rendimento líquido disponível, que a grande maioria das famílias dispõem. Agravado pelo elevado nível de endividamento e os encargos com juros levando a que em muitos casos, os indivíduos e as famílias recorram inclusivamente às suas poupanças para fazerem faces às suas necessidades elementares. Assim sendo, para que a economia gere os recursos essenciais para o investimento, é condição indispensável o aumento do rendimento das famílias, associado a medidas de políticas públicas que incentivem a poupança. Os cortes no consumo, como me parece óbvio, não são a solução adequada para os problemas referidos e apenas contribuem para agravar os indicadores de pobreza e para a degradação das condições de vida.   
João António do Poço Ramos

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