quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

"ESPREMIDOS"

                                   O CAPITAL ESPREME OS TRABALHADORES

Ao entrar no último ano do seu segundo mandato, o presidente Obama reconhece que a economia mais poderosa do mundo “espreme” os trabalhadores, mesmo quando está em crescimento – 14 milhões de novos empregos.
É que, lá como cá e em todo o lado onde o capital dita as leis, aos propagandeados novos empregos correspondem salários de miséria, porque “a economia tem estado a mudar de forma profunda, com a transformação das pessoas em autómatos, liberdade de movimento para as empresas e aumento das desigualdades”.
“Como as empresas da economia global podem estar em qualquer sítio, os trabalhadores perdem capacidade de negociação e as empresas são menos fiéis às suas comunidades e mais e mais riqueza se concentra nas mãos dos mais ricos, sendo mais difícil hoje uma família saír da pobreza”.
É da natureza do capitalismo exigir o máximo esforço em troca de uma côdea, e todos sabemos como descarta responsabilidades, quando acusado de recorrer ao trabalho infantil e à clara escravatura em países muito pobres, atirando areia para os olhos do mundo, libertando “press releases”em que afirma desconhecer tais situações, que serão sempre da responsabilidade de subcontratados, etç., numa linguagem completamente capciosa.
Já existem, na grande ditribuição – e essse parece-me ser o caminho, se for levado a sério – empresas que mandam auditar fornecedores, no sentido de saber em que condições são produzidos os produtos que expõem nas suas lojas;  e, confidenciou-me um amigo que trabalha nessa área, são detectadas autênticas aberrações, não só de remuneração como na salubridade e segurança no trabalho, trabalhadores amedrontados, quando interrogados pelo auditor, que percebe nítidamente que não estão a responder livremente às questões! E assim vamos.

Amândio G. Martins

1 comentário:

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