O CAPITAL
ESPREME OS TRABALHADORES
Ao entrar no
último ano do seu segundo mandato, o presidente Obama reconhece que a economia
mais poderosa do mundo “espreme” os trabalhadores, mesmo quando está em
crescimento – 14 milhões de novos empregos.
É que, lá
como cá e em todo o lado onde o capital dita as leis, aos propagandeados novos
empregos correspondem salários de miséria, porque “a economia tem estado a
mudar de forma profunda, com a transformação das pessoas em autómatos,
liberdade de movimento para as empresas e aumento das desigualdades”.
“Como as
empresas da economia global podem estar em qualquer sítio, os trabalhadores
perdem capacidade de negociação e as empresas são menos fiéis às suas
comunidades e mais e mais riqueza se concentra nas mãos dos mais ricos, sendo
mais difícil hoje uma família saír da pobreza”.
É da natureza
do capitalismo exigir o máximo esforço em troca de uma côdea, e todos sabemos
como descarta responsabilidades, quando acusado de recorrer ao trabalho
infantil e à clara escravatura em países muito pobres, atirando areia para os
olhos do mundo, libertando “press releases”em que afirma desconhecer tais
situações, que serão sempre da responsabilidade de subcontratados, etç., numa
linguagem completamente capciosa.
Já existem,
na grande ditribuição – e essse parece-me ser o caminho, se for levado a sério
– empresas que mandam auditar fornecedores, no sentido de saber em que
condições são produzidos os produtos que expõem nas suas lojas; e, confidenciou-me um amigo que trabalha
nessa área, são detectadas autênticas aberrações, não só de remuneração como na
salubridade e segurança no trabalho, trabalhadores amedrontados, quando
interrogados pelo auditor, que percebe nítidamente que não estão a responder livremente
às questões! E assim vamos.
Amândio
G. Martins
Subscrevo amigo Amândio.
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