Os debates para as presidenciais têm sido de uma pobreza
franciscana… tanto na forma como na substância. Os responsáveis pelo formato e
tempo que é dedicado ao debates muito escasso não dá para esclarecer quem quer
que seja. Podem limpar as mãos á parede com o serviço… Quanto à substância os
candidatos por vezes dão a sensação que estão a concorrer para
primeiro-ministro, e não se pronunciam quanto aos poderes, não fazem uma
análise profunda sobre a função presidencial. Falam sobre a forma de acabar com
a pobreza, sobre politicas de desenvolvimento, apoio aos desfavorecidos
etc.etc… Quando começam a falar sobre os poderes presidenciais, os jornalistas
muito aflitos chamam a atenção para os candidatos se apressarem porque o tempo
esgota-se… Então o debate que teve como entrevistador Rodrigues dos Santos, foi
um mau exemplo como se orienta um debate, , o candidato Neto, estava a expor as
suas ideias , o jornalista corta-lhe de
imediato a palavra… Acontece noutros debates a mesma preocupação do tempo ,
está a esgotar-se, só tem tantos segundos, apresse-se que já esgotou o seu
tempo…são as frases constantes dos moderadores… Ísto é alguma coisa ? É assim
que se pretende esclarecer? As eleições presidências, as actuais, não têm qualquer
interesse e o facto de se conhecer o candidato eleito , Presidente Marcelo tira
qualquer interesse para os cidadãos . Aliás nenhum dos candidatos apresentados
têm perfil para Presidente. O Prof. Marcelo, por deformação profissional passa
o tempo dos debates a dizer que tem capacidade por que tem experiência , dado
aulas a cerca de trinta mil alunos… e tem um tique péssimo de se mover
constantemente , como um pendulo de relógio, sempre a mexer, para a direita e
para a esquerda, mais para a direita… o que se percebe… Sampaio da Nóvoa
aproveita os debates para falar naquilo que está á vontade, é o Ensino, que é
base do desenvolvimento de qualquer pais, a formação dos jovens , juventude que
precisa de se doutorar, de ser empreendedor, a boa qualificação dos jovens nas
universidades , é fundamental para as empresas… etc. etc …sobre o que deve ser
a função do Presidente opiniões superficiais… D.Maria de Belém, numa gabarolice
escusada, passa o tempo a dizer que exerceu cargos públicos importantes, foi
ministra, presidente de comissões, deputada, com várias iniciativas
legislativas, e sobra-lhe pouco tempo para falar do cargo de Presidente, alguém
fica esclarecido com este estilo ? Quanto a Henrique Neto apesar da sua provecta idade tem uma
lucidez impressionante, inteligência viva e acutilante, lançando por vezes com
muita pertinência farpas aos seus parceiros de debate, de modo a deixá-los sem
palavras… mas lá está o jornalista a não deixar falar porque o tempo
esgotou-se… Quanto a Marisa resta a sua simpatia porque em termos de projectos
e análise da função presidencial é o mais do mesmo… Quanto outros candidatos
nem vale a pena comentar o que quer que seja tal a mediocridade… Conclusão :
ninguém fica esclarecido com este tipo de debates, ninguém da importância a
estas eleições, por já se saber o vencedor, a abstenção por esse facto vai ser grande
e deve constituir o record, até porque verdade se diga nenhum dos
candidatos tem perfil para ser o Supremo Magistrado da Nação .
Francisco Pina
Se fôssemos um povo com algum orgulho, à eleição antecipada do Marcelo, por obra de tudo quanto é comentador e meio de comunicação, saberíamos dar, no dia da votação, a resposta que merecem...
ResponderEliminarO problema é que como somos um povo mentirosamente dito de brandos costumes, pois em 1908 matámos o rei D. Carlos e o seu eventual sucessor, sem ter resposta republicana para a sucessão. Durante 15 anos e 5 meses assassinámos um presidente da República que fora eleito democraticamente, um Primeiro-Ministro em exercício e entre outros governantes o herói Machado Santos que implantou o regime, para cairmos numa ditadura que durou 48 anos. Somos um povo sem orgulho e amansado, que espera um milagre, que é coisa que se cumpre com fé e sem trabalho.
ResponderEliminarQuanto ao autor do texto, não me leve a mal, e se fôssemos buscar um às Caldas? Gosto dos comentários! Ao amansado, amigo Tapadinhas, acrescento, malhadiço.
ResponderEliminarO Amigo Ramalho é um cidadão culto e bem informado e não necessita de utilizar um vocabulário menos apropriado para discutir problemas que, por vezes, podem ser analisados por outros de forma diferente da sua. Espero que, de futuro me trate com a correcção devida, como é natural num convívio de troca de ideias, pois de contrário deixarei de frequentar um espaço onde não mereço respeito e, daí, concluir que não sou bem vindo.
ResponderEliminarAmigo Tapadinhas, o senhor fez uma enorme confusão! Porque em relação ao seu comentário ( que, como disse, gostei. Assim como do amigo Górgias) apenas acrescentei que além de povo amansado, malhadiço. Agradeço que reveja isso amigo! O resto do meu comentário é relacionado com o autor do texto, Sr. Francisco Pina
ResponderEliminarNão me apetecia dizer NADA acerca do texto "Os debates...", todavia faço-o para não nos dividirmos ainda mais. Os Amigos que este espaço utilizam são bem-vindos, mesmo, claro, com ideias diferentes. Um abraço fraterno para todos Vós.
ResponderEliminarCompletamente de acordo amigo Amaral! Em relação ao que disse do texto, longe de mim ser intencionalmente ofensivo. No entanto, se o autor Sr. Francisco Pina, o sentir, não tenho o mínimo problema em pedir~lhe desculpa. O que disse é apenas um tanto jocoso... Nada mais.
ResponderEliminarAmigo Ramalho
ResponderEliminarFico muito satisfeito por não ter lido correctamente parte do que o meu amigo escreveu.E, parecendo um paradoxo, estou satisfeito por ter errado na percepção. Contudo, como comenta o artigo, no meu ponto de vista, numa forma que não é normal, pois não utilizamos o símbolo das Caldas nas nossas intervenções, daí todo este emaranhado que, felizmente está desfeito. Um abraço fraterno e um BOM ANO NOVO, que todos bem precisamos.
Bom ano e outro grande abraço para si!
ResponderEliminarAinda bem, quando tudo acaba bem. Um forte abraço para todos.
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