De acordo com Erich Fromm, os métodos de lavagem cerebral na publicidade comercial e na propaganda política levam-nos a comprar coisas que nem queremos nem necessitamos e a escolher representantes políticos que nem queremos nem necessitamos se não estivermos no pleno controlo das nossas mentes. A questão é que não somos inteiramente senhores das nossas mentes devido a métodos hipnóticos empregues para nos doutrinar e domesticar. Esses métodos constituem um grave perigo para a saúde mental, nomeadamente para o pensamento crítico e para a independência emocional. Somos bombardeados, sobretudo pela televisão, por programas imbecilizantes e notícias manipuladas e muitos de nós caem numa vida mental pobre, com conversas repetitivas, sem qualquer tipo de elevação. É certo que há muita gente que se sente deprimida, que tem consciência do vazio, do seu isolamento, da falta de significado da sua vida e põe em causa a vida de consumo e de futilidade que leva. No entanto, daí a que isso se traduza em união e revolta, daí a que isso se traduza na construção de uma nova sociedade, de um novo homem vai um longo caminho. Sabemos, contudo, que para que a vida volte a fazer sentido uma nova sociedade será necessária, uma nova sociedade baseada, ainda segundo Fromm, no ser, no participar e no compreender e não no ter, no lucro e no poder. Uma sociedade onde o carácter mercantilista seja substituído pelo carácter criativo e amoroso, uma sociedade de homens livres, a cidade do Ser.
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