sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Ainda o «naufrágio da humanidade»

A publicação ou não da foto do menino encontrado sem vida numa praia europeia é polémica. Uns concordam, outros não.
Penso que comprei o Público do dia 3 de Setembro de 2015 porque queria guardar essa foto que, no PÚBLICO, aparece na capa. 
Segundo o Editorial desta edição, a sua publicação foi ponderada e pesados os pós e contras. 
Este assunto dos refugiados está na ordem do dia e a desumanidade que lhe está inerente deve preencher a primeira página dos jornais, colocada bem à frente dos nossos olhos e constituir um assunto importante no nosso pensamento. 
Nunca antes eu tinha visto uma imagem assim, duma criança (nem de um adulto) encontrada morta naquelas circunstâncias: numa praia...
A foto impressiona. Choramos quando olhamos e entramos na praia, e nos aproximamos daquele menino bebé de 3 anos, de nome Alan, que parece dormir de barriga para baixo ... tal como se fôssemos nós aquele polícia que acaba por ser a pessoa que lhe dá o último colo e o retira daquele leito frio, húmido e tão só.
Espero que aquele menino tenha morrido durante o sono, depois de ter estado no colo da mãe, sem pânico, sem dor.
Espero poder vir a fazer alguma coisa...

3 comentários:

  1. Completamente de acordo, Céu! A sua insistência em relação a esta matéria, só prova a sua sensibilidade e humanismo.

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  2. Estamos todos de acordo que isto é uma tragédia, e não é demais lembrá-la, porque é um acontecimento que estará sempre presente na mente de todas as pessoas de bem. Obrigado à Céu pela sua insistência e sensibilidade. Um abraço universal.

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  3. Perante esta tragédia que nos entra à força pelos olhos, há os que pensam com a cabeça, os que pensam com o coração e os que pensam com a barriga. Estou convencido que a História irá mostrar a estes últimos que estavam errados...

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