domingo, 6 de setembro de 2015

'há muito espírito maligno vagueando pelo mundo para a perdição dos bem intencionados'


O mundo terreno tem o mesmo tempo, mas os humanos que o habitam não vivem o mesmo tempo ao mesmo tempo.
E cada vez mais, que as tecnologias avançam, o saber mais se acumula e o humano mais se autodestrói, as sociedades ou povos – no mesmo espaço-tempo – habitam e vivem no seu sítio em épocas diferentes.
E por tais desvios temporais, os comportamentos são difíceis de serem suportados por todo o mundo global ao mesmo tempo e por igual.
Há seres primários vivendo e se comportando como se estivessem no tempo das cavernas; outros agem como no tempo da Idade Média; e há ainda aqueloutros que querem vingar-se do Passado.
Portanto, tais vingadores, criminosos extremistas, a coberto da complacência e de alguma pena e solidariedade de sociedades em ‘decadência’ – por excesso de teres e haveres –, destroem tudo e todos, e, por indução pecaminosa, dão a entender que todas as atrocidades por si provocadas, na generalidade, e nos seus, em particular, são por exclusiva culpa de tais sociedades em decadência moral, social e espiritual, o que se me afigura num sofisma altamente letal para o dito ‘mundo ocidental’.
Assim, se se mantiver o laxismo a que chegamos, mormente na desunida Europa, no que concerne ao êxodo criminoso e organizado a que todos os dias assistimos, o fim desta civilização tal qual a conhecemos, com pontos negativos, mas com muitos mais positivos, terá o seu términos mais depressa do que o esperado.
Chamo a atenção de todos que ‘há muitos espíritos malignos vagueando pelo mundo para a perdição das almas’, mormente das pessoas bem intencionados, com muito amor para a dar ao próximo, mas que nem tudo o que parece é.

José Amaral


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