segunda-feira, 7 de setembro de 2015

VAMOS SER SÉRIOS, COM OS REFUGIADOS!


Vou ser politicamente incorrecto. Sofro como todo o ser humano com consciência social, com o drama dos refugiados de países em guerra. Mas não posso deixar de pensar nas dificuldades que o nosso País sofreu nos últimos 4 anos, nos juros que teve de pagar nos empréstimos que contraiu e no esforço de milhões de portugueses, para que o resgate financeiro chegasse a bom termo. Também acho sintomático que essas centenas de milhares de refugiados não tenham optado por outros países muçulmanos, e prefiram países de matriz maioritária cristã, que os islamitas designam por infiéis. Chegado aqui, não posso deixar de me interrogar. Qual seria a reacção desses países muçulmanos que hoje nos procuram, se um dia fôssemos nós, europeus, refugiados de guerra, a bater à porta dos seus países? Será que nos iriam alimentar e pagar subsídios? Será que poderíamos adoptar os nossos hábitos e sinais cristãos? Este gravíssimo problema é um problema internacional, logo não pode, nem deve ser só a UE ou os países europeus, a resolver e/ou mitigar este drama. Terá que ser a ONU a encontrar soluções, designadamente a montante, ou seja, estabelecendo condições nos terrenos e países ora em guerra para que exista paz, e os seus naturais não tenham que sair dos seus países, nem abandonar as suas raízes e credos. E por último não se pode descurar o problema da (in) segurança. É sabido que os fundamentalistas-terroristas do ISIS, têm conseguido infiltrar os seus militantes entre os milhares de refugiados que diariamente irrompem pela Europa. Há que não descurar a "intelligence" e a prevenção de actos terroristas no nosso solo.

14 comentários:

  1. "O cidadão que vive permanentemente com medo de perder a vida não merece viver", veio-me, de repente, este pensamento à cabeça. Um abraço universal, porque concordando muitas vezes consigo, não me obriga a estar sempre de acordo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Claro Joaquim, percebo perfeitamente, é um tema sensível e complexo. Abraço

      Eliminar
  2. Felizmente que a vergonha chegou, finalmente, a alguns líderes europeus. Esses desgraçados são apenas vítimas da demência do sectarismo e, tal como qualquer de nós faria, procuram um sítio mais seguro para viver. Decerto que não serão todos boa gente, mas seremos tão ingénuos ao ponto de crer que das centenas de milhar de compatriotas nossos que um governo desonesto e incompetente empurrou para fora do país se vão comportar todos de acordo com as regras dos países para onde foram...

    ResponderEliminar
  3. Bem respondido amigo Górgias. Diz o autor do texto que a UE não é a única culpada, pois não! É também e sobretudo, a potência hegemónica mundial: os EUA. E nem quero classificar quem afirma que todos, ou uma grande parte dos muçulmanos, são extremistas e nos consideram infiéis.Tenho dois amigos muçulmanos, bem mais tolerantes que tantos falsos cristãos. Eu sou agnóstico, mas respeito, evidentemente, todas as crenças. Sem fanatismos!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. "... têm conseguido infiltrar os seus militantes...", foi apenas e só o que referi. Bastam um par deles, ou uma dezena, para conseguirem matar centenas de pessoas. Eu também respeito todas as crenças, mas temos de concordar que enquanto a cristã já reconheceu os erros e crimes da Inquisição, os muçulmanos extremistas ou islamitas conseguiram guindar-se aos mais altos padrões de selvajaria e desprezo pela vida humana inocente. No meu tempo, os "terroristas" de então, IRA e ETA, eram particularmente cuidadosos em só atacar alvos militares ou paramilitares, que lhes faziam frente. Hoje os islamitas-fundamentalistas atacam sobretudo inocentes, mulheres e crianças. São cobardes! Refugiam-se junto de inocentes civis, para com esse escudo humano escaparem impunes à sua barbárie. Compete aos restantes muçulmanos pacíficos e pessoas de bem, denunciarem estes terroristas, sempre que eles habitem espaços de pessoas civilizadas.

      Eliminar
  4. A questão, senhor Ramalho, é que o homem branco, com essa de "dilatar a fé e o império", cometeu crimes hidiondos com uma cruz gravada na espada, contra este e outros povos. Daí que o ódio à cruz lhes tenha ficado inscrito na alma através das gerações.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Posta a questão assim, nada mais há a dizer, para além dos textos brutais do "sabre" ou da "espada" do Alcorão ou do Antigo testamento.

      Eliminar
  5. Quando vejo um artigo com analises bem feitas e perguntas tão pertinentes que as pessoas como o senhor Manuel Alenjano fazem e vejo que já há várias opiniões, abro de imediato na esperança de ser elucidado. Infelizmente, na maioria das consultas, fico na mesma.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Jorge Morais, grato pelas amáveis palavras, que irei interpretar como um incentivo para continuar a ser politicamente incorrecto. Como nunca tive partido ou facção, pode parecer fácil, mas por vezes sinto estar a remar contra a maré...

      Eliminar
  6. Concordando que não se pode descurar cuidados de segurança e que o problema é maior que acolher ou não X refugiados, noto que: «Refugiados: a tragédia maior está a acontecer no Médio Oriente [...] Os que chegam à Europa representam uma pequena percentagem dos quatro milhões de sírios que fugiram para o Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque [...] »

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-tragedia-maior-esta-acontecer-no-medio-oriente-1706942?frm=ult

      Eliminar
    2. Sim, os números da Europa, comparativamente com os totais de refugiados, são bem modestos. Mas a UE ainda não é um bloco em termos de política externa.

      Eliminar
  7. Afinal, ´gente de pouca fé', Khadafhis e Yussan Hussains, e outros que tais, fizeram falta às correlações de forças internacionais, ou não?

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.