segunda-feira, 5 de maio de 2014

Escrevo: assim ou assado?

Confesso que já fui daqueles que achava que era benéfico, para uma língua viva e milenar como a Língua Portuguesa, haver algumas alterações gramaticais, de modo a ser ainda mais enriquecida no que toca a neologismos, termos técnicos e outros, dada a parafernália inventiva de novos produtos provindos das mais diversas áreas e proveniências.
Todavia, o novo acordo ortográfico, não passa de um autêntico enxovalho para a Língua de Camões. Foi como dotar uma bússola com um ponteiro não magnético, posto ao serviço de errados sabores de rotas ocasionais.
Então, o vocábulo Egipto sem ‘pê’ é de bradar aos céus, tendo em conta que os filhos do amputado Egipto continuam a ser chamados e escritos de egípcios, quando, então, passariam a ser egítios, como também não sei aonde pára o meu vizinho para o pôr ao corrente da situação financeira em que se encontra o condomínio, por este estar sem dinheiro.
Nem para colocar terra em vasos para plantar lindas flores que existem neste nosso lindo planeta azul, que se chama Terra, já não sou autorizado a escrever Terra com letra maiúscula.

José Amaral

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