atenção:
este poema foi criado antes de outubro de 1988
Bastardos da vida
Muito tempo eu pensei
Ser um bastardo da
vida,
Mas à medida que
avancei
Em conjecturas sem
fim,
Vislumbrei no
nevoeiro
Não estar só no
atoleiro.
Há bastardos sem
medida
Neste mundo social,
Mas há bastardos da
vida
Nesta amálgama
temporal.
Bastardo não tens
direito
A outros degraus
maiores,
Esses são para os
‘eleitos’,
Tu terás sempre os
piores.
Os ‘eleitos’ não são
mais
Que sugadores de ti
próprio,
São vampiros do teu
sangue,
Bajuladores do poder,
Carrascos de todos
nós.
Bastardos sem nome.
Sem guarida nem
poder,
Usem a força,
Seja a da razão ou
não,
Mudem a vida.
Para bem de todos
nós.
Ao trabalho,
bastardo.
Levanta-te,
novamente, Espártaco,
Quebra as algemas que
te tolhem,
Levanta-te, sê Homem!
José Amaral
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