segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

em O LIVRO EM BRANCO - página 63

atenção: este poema foi criado antes de outubro de 1988

Bastardos da vida

Muito tempo eu pensei
Ser um bastardo da vida,
Mas à medida que avancei
Em conjecturas sem fim,
Vislumbrei no nevoeiro
Não estar só no atoleiro.

Há bastardos sem medida
Neste mundo social,
Mas há bastardos da vida
Nesta amálgama temporal.

Bastardo não tens direito
A outros degraus maiores,
Esses são para os ‘eleitos’,
Tu terás sempre os piores.

Os ‘eleitos’ não são mais
Que sugadores de ti próprio,
São vampiros do teu sangue,
Bajuladores do poder,
Carrascos de todos nós.

Bastardos sem nome.
Sem guarida nem poder,
Usem a força,
Seja a da razão ou não,
Mudem a vida.
Para bem de todos nós.

Ao trabalho, bastardo.
Levanta-te, novamente, Espártaco,
Quebra as algemas que te tolhem,
Levanta-te, sê Homem!


José Amaral

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