em O LIVRO EM BRANCO - páginas 70 e 71

Versos compilados até outubro de 1988

Decálogo (para ti) – aquando da minha juventude

1º  – Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos

2º  – Não jurar o santo nome de Deus em vão

3º  – Guardar os domingos e festas de guarda

4º  – Honrar pai e mãe

5º  – Não matar

6º  – Guardar castidade

7º  -  Não roubar

8º  – Não levantar falsos testemunhos

9º  – Não desejar a mulher do próximo

10º – Não cobiçar as coisas alheias

I

Dez mandamentos tão velhos,

Mas mesmo assim actuais;

Cumpri-los era bem bom,

São p’rà vida tão vitais.

Amar Deus e a ti, irmão,

Como a nós mesmos,

É algo tão natural,

Nem sempre assim fazemos.

II

Também não é grande coisa

Jurar por tudo em vão,

Pois vícios já temos tantos,

Não temos o corpo são.

III

Guarda domingos e dias santos,

Ó trabalhador honrado,

Se trabalhas com canseira,

Tens dias p´ra estares mirrado.

IV

Honra teus pais, sê respeitador;

Sê-lhes sempre obediente,

Não lhes faltes ao respeito,

Sê cumpridor, sê diligente.

V

Quem mata o seu semelhante

Deve ficar tão contristado,

Que parecerá o algoz

De Jesus Crucificado.

VI

Sê casto, não te macules

Nesta vida de passagem;

Nem tudo é realidade,

Muita coisa é miragem.

VII

Evita o que teu não é,

Não entres no destino,

Há pessoas que parecem

Não fazê-lo e praticam-no.

VIII

Não testemunhes em vão,

Nem renegues a verdade,

A mentira é tão vil,

Transforma-te em calamidade.

IX

A carne é fraca,

Tem desejos incontidos;

Sê sereno nos desejos,

Nunca percas os sentidos.

X

A cobiça é um mal

Que não é só destes dias,

Fica-te com o que tens,

Queda-te nas honrarias.

Mas se feliz viveres

Com elevada perenidade,

Portas terás abertas

Para entrares na eternidade.

José Amaral