MOÇÃO
Considerando que,
1 – Alegadamente
ocultou um passivo de um valor acumulado de 1,3 mil milhões de euros entre 2008
e 2013;
2 – Alegadamente
recebeu uma prenda generosa de um amigo construtor que, em troca de
aconselhamento e bons contactos em Angola, lhe ofereceu 14 milhões de euros, e
se ter esquecido de declarar ao fisco;
3 – Alegadamente
ter desobedecido ao BdP quando foi implementada uma estratégia que obrigava as
instituições bancárias à separação das actividades financeiras das não financeiras
dos grupos onde se inserem;
4 – Alegadamente,
durante tal período de 2008 a 2013 ter aumentado milhares de milhões de euros a
exposições pouco recomendáveis do referido banco ao grupo, e alegadamente também ter feito um acordo
com a ‘sua el dourada’ PT, através de, alegadamente,
com os amigalhaços Granadeiro e Bava, a fim de garantir 900 milhões de euros de
financiamento a uma instituição do 'seu' grupo, já em maus lençóis;
5 – Alegadamente
os cinco ramos da árvore da mesma família tentacular terem recebido 1 milhão
cada pelo ‘honestíssimo’ negócio dos submarinos;
6 – Alegadamente,
após tamanhas falcatruas, os destroços do banco e do grupo de tal tenebroso
cérebro - tal como um barco à deriva – perderam 80% do seu valor em menos de um
ano;
7 – Alegadamente,
para além das muitas alegadas
traições, trafulhices, corrupções, traficância de influências, que levaram
muitas empresas a perderem muitíssimo do seu valor por efeito de dominó, que
também apanhou milhares de depositantes particulares, lançando-os na miséria;
Gostaríamos
de saber – sem sequer exigir - por que será e qual a razão invocada pela
Justiça Portuguesa para que tal cérebro da desgraça colectiva da nação ainda
não esteja, pelo menos, em prisão preventiva, bem como confiscados todos os
seus bens, tal como as dos seus restantes comparsas?
Pelos subscritores
José Amaral
As leis que os representantes do povo elaboram e aprovam na Assembleia da República são as que servem de ferramentas à Justiça. Logo, se estes indivíduos que nos esbulham, nos roubam e nos enxovalham são assim tratados é porque a legislação os protege. Vivemos num Estado de Direito e é com as suas leis que a sociedade tempera as suas vidas. É lamentável o que está a acontecer, mas é aos políticos, que nós pagamos, que temos de pedir contas. Um abraço ao José Amaral, sempre em cima do tempo.
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ResponderEliminarCaro José Amaral,
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo. Nestas e noutras situações eu não presumo a inocência. Presumir a inocência é uma obrigação dos agentes da justiça, não minha. Eu presumo a culpabilidade porque não sou agente da justiça nem sou estúpido. O cidadão Ricardo Salgado já deveria estar no Estabelecimento Prisional de Évora com o nº 45. Mas pode estar certo que para lá irá. Tenha confiança, agora já se está a fazer justiça apesar do Mário Soares achar que não, mas está enganado. A este propósito cito uma passagem do Livro Eclesiástico: "Há três espécies de gente que a minha alma detesta e cuja vida me é insuportável: um pobre orgulhoso, um rico mentiroso e um ancião louco e insensato".
Caro Afonso, gostei muito da sua abordagem. Mesmo eu não sendo um pirata dos tempos modernos, ambos navegamos os mesmos mares de insatisfação.
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