Com o despoletar da crise económica e financeira após a falência do reputado Lehman Brothers, o mundo começou a questionar-se sobre o que viria aí. Esquecemos nos porém, que esta crise começou ainda em 2001, quando se deu um dos mais trágicos acontecimentos da história moderna: o atentando ás torres gêmeas em Nova York. A partir dessa altura, tudo se começou a modificar e as estruturas financeiras que suportavam o mundo, começaram a desmoronar-se que nem um castelo de cartas .
Jamais esquecerei a capa do JN dessa altura, com uma fotografia das torres em chamas e com uma pertinente questão : e agora?
Poucos foram aqueles que perceberam, o verdadeiro impacto daquele atentado. Para além das vidas que se perderam, também não será de somenos descurar , o real impacto financeiro que a Al Qaeda, desencadeou no mundo ocidental.
O que estes anos de grave crise nos têm mostrado, é que poucos dentro do mundo dito moderno, desenvolvido e ocidentalizado , foram capazes de perceber a verdadeira importância de tal acontecimento. A União Europeia, por exemplo, tem demonstrado ser uma força inoperante na busca de soluções que minimizem o bater desta crise - que já é considerada- a mais grave desde a depressão de1929. Numa Europa que parece ser só de alguns, onde os valores da solidariedade , fraternidade e igualdade entre Estados parece ser cada vez mais uma miragem, não é pois de espantar, que a crise que muitos países atravessam é reclamada por todos como se de um prémio se tratasse . A Alemanha, fortemente criticada pela sua atuação e o seu papel hegemónico, dentro do seio europeu, também vem agora reclamar que a crise também passa na Baviera e que por isso, os argumentos de que a Alemanha quer uma Europa a duas velocidades, soam a falso.
Mas a verdade, e o que os mais recentes tempos nos têm mostrado, é que parece que a Alemanha, quer mesmo construir uma outra Europa : uma Europa onde só caibam os países que menos sofreram com esta crise. Afinal de contas , o que nos tem dado a entender, é que pese embora estejam a ser desenvolvidos esforços no sentido de colmatar as lacunas evidenciadas em alguns estados membros , não deixa de ser curioso, que a Europa que era para ser de todos seja só de alguns e crise que era só para ser de alguns seja reclamada, qual troféu , por todos como forma de vitimizacao para que as desculpas e justificações para a inação sejam um ponto chave na hora de apresentar planos financeiros viáveis para o resolver desta mesma crise.
A União Europeia tem de mudar de atitude face a estes acontecimentos ; caso contrário, o projeto europeu continuará a ser desvirtuado e o seu papel diminuirá de relevância .
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