terça-feira, 7 de abril de 2015

AS CRISES DOS CLUBES, PELOS ORDENADOS INFLACIONADOS

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Os ordenados praticados por alguns clubes do nosso futebol, aos seus profissionais e que são proporcionados por alguns dirigentes, pouco escrupulosos, não estão demasiados inflacionados, com os orçamentos financeiros dos clubes e com as possibilidades dos mesmos para cumprirem com os seus compromissos, para com esses profissionais, mesmo que alguns deles, não ganham, tão bem como se julga, à primeira vista?
Quem está mais ou menos atento ou acompanha através da imprensa tanto escrita como falada e igualmente via televisão inclusive através dos debates que nos são oferecidos em qualquer dos canais, e sem hesitar, afianço sem margem para duvidas que este grande fenómeno desportivo que é o futebol, temos a vindo diariamente a verificar, o que não só de agora, diga-se em abono da verdade, arrasta-se há um bom par de anos a esta parte, e cada vez com mais sinais para piorar, pois que a situação financeira de alguns clubes, é muito má, devido à péssima gestão financeira que alguns dirigentes do nosso futebol fazem, levando a maior parte das vezes à completa ruina dos clubes, que dizem representar, e bem, afirmam alguns, mas pessimamente muito mal geridos, e como tal, levando muito deles à completa destruição e no rápido caminho para a sua mais rápida via da extinção dos respectivos clubes. Infelizmente, temos vindo a assistir a muitos casos, tal como o que acontece a muitas das nossas empresas na nossa praça, quando são mal geridas e o seu fim é o fechar as portas e vão à falência, atirando uns quantos para o desemprego. De igual modo assim vão alguns clubes do futebol cá do nosso “burgo”.
Como tal, o quadro da má gestão que alguns dirigentes têm vindo a protagonizar é disso uma realidade. Faz-me lembrar, igualmente todos aqueles cidadãos, que gastam mais daquilo que efectivamente dispõem nos seus bolsos.
Apresentado assim de igual modo o quadro da realidade dos nossos dias de alguns dos nossos clubes, um quadro semelhante e demasiado preocupante, ou mesmo negro, no que toca à gestão por parte de alguns dirigentes de clubes desportivos, mais concretamente ligados àquela grande máquina industrial do chamada futebol, que gera milhões de euros, (mas para alguns clubes), quer possamos falar da I Liga, quer da 2ª. Liga.
Com alguns dos clubes, das duas ligas, com salários em atrasos, nos quadros das suas equipas e com os seus empregados, isto é, quer sejam jogadores, quer quadro técnico e demais profissionais, e que compõem os quadros dos clubes, dessas competições profissionais.
Assim todos os clubes que disputam estes campeonatos, terão até ao próximo dia 15 de Abril, portanto a uma semana do chamado controlo financeiro da Liga, estando alguns deles em completo incumprimento. E, como irão, esses dirigentes terem capacidades de manobra, isto é financeira, para saberem dar a volta, claro sem artimanhas “contabilísticas”, e saberem, terem e serem capazes de descalçarem “esse par de botas”?
Com salários em atraso na I Liga encontram-se dois clubes, e na 2ª. Liga estão cinco clubes, 4 com dois meses de salários em atraso e 1 clube com 3 meses, com salários em atraso.
Não será, mas está há vista dos mais próximos e daqueles que acompanham os meandros do futebol, que os ordenados dos profissionais de futebol de alguns clubes, estão demasiadamente inflacionados, para as condições financeiras da maior parte dos clubes?
Ou não é uma verdade?
Mesmo quando são feitos os orçamentos no início de cada época, gastam mais do que aquilo tem os clubes podem efectivamente pagar.
Esta é que é a realidade, que se vive no nosso futebol, mesmo com as receitas dos canais televisivos, mesmo com as publicidades, mesmo com as ajudas das autarquias… mas com um senão, a realidade é que os estádios estão vazios, porque os nossos bolsos também estão, igualmente vazios, e os bilhetes para acesso aos jogos são demasiados caros para os tristes espectáculos que os “chutadores da bola” nos proporcionam.

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD   de 07 de Abril de 2015)

Mário da Silva Jesus

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