sábado, 25 de abril de 2015

Ausências na AR




O acto solene na AR da comemoração do 38º aniversário do levantamento militar, ficou marcado por duas espécies de ausência. A da associação 25 Abril e solidários, veio com atraso de um ano, pois por esta altura, em 2011, o país estava falido e não fora o gesto patriótico dos actuais governantes, os pensionistas, civis e militares, não teriam recebido as suas reformas a que tinham direito, e principalmente os civis que fizeram os descontos durante uma longa carreira contributiva, ficando-me por aqui, pois sei que aqueles que me leem, sabem ao que me refiro. Onde estavam no ano passado, o porta-voz daquela associação e solidários? Na festa. Na minha modesta opinião, a atmosfera na AR, este ano, até estava mais pura e respirável. É que olhando para estes ausentes, lembra-me a brigada dos obesos, não como vitimas desta doença crónicas, que lamento e respeito, mas graças à boa vida que levam. A outra ausência, esta forçada pela lei da vida, e que aqui quero deixar a minha homenagem apesar de não ser da minha área política, mas que eu tanto admirava pela sua forma educada de estar na política, e que tive a oportunidade de ver através da net as duas intervenções suas no parlamento europeu e que infelizmente as nossas televisões não passaram. Quis o destino levá-lo na véspera desta efeméride. Mas Miguel Portas não desertou como os outros e esteve lá. Para a sua família, deixo aqui as minhas condolências. Portugal ficou mais pobre.      Jorge Morais

Tomo a LIBERDADE de colaborar com esta carta Publicada no Jornal PÚBLICO em 27.04.2012

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