O acto solene na AR da
comemoração do 38º aniversário do levantamento militar, ficou marcado por duas
espécies de ausência. A da associação 25 Abril e solidários, veio com atraso de
um ano, pois por esta altura, em 2011, o país estava falido e não fora o gesto
patriótico dos actuais governantes, os pensionistas, civis e militares, não
teriam recebido as suas reformas a que tinham direito, e principalmente os
civis que fizeram os descontos durante uma longa carreira contributiva,
ficando-me por aqui, pois sei que aqueles que me leem, sabem ao que me refiro.
Onde estavam no ano passado, o porta-voz daquela associação e solidários? Na
festa. Na minha modesta opinião, a atmosfera na AR, este ano, até estava mais
pura e respirável. É que olhando para estes ausentes, lembra-me a brigada dos
obesos, não como vitimas desta doença crónicas, que lamento e respeito, mas
graças à boa vida que levam. A outra ausência, esta forçada pela lei da vida, e
que aqui quero deixar a minha homenagem apesar de não ser da minha área política,
mas que eu tanto admirava pela sua forma educada de estar na política, e que
tive a oportunidade de ver através da net as duas intervenções suas no
parlamento europeu e que infelizmente as nossas televisões não passaram. Quis o
destino levá-lo na véspera desta efeméride. Mas Miguel Portas não desertou como
os outros e esteve lá. Para a sua família, deixo aqui as minhas condolências.
Portugal ficou mais pobre. Jorge Morais
Tomo a LIBERDADE de colaborar com
esta carta Publicada no Jornal PÚBLICO em 27.04.2012
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