Mais uma vez o Grupo Recreativo, Desportivo e Cultural de Vila Seca, em mais uma comemoração do rejubiloso 25 de Abril, promoveu uma caminhada de 41 quilómetros – tantos quantos os anos da Revolução dos Cravos – até ao Santuário Mariano de Nossa Senhora da Lapa, que remonta a 1498, em que reza a lenda que uma pastorinha de 12 anos, de nome Joana e muda de nascença, terá encontrado, entre as fendas das rochas encimadas por uma grande lapa, uma linda imagem da Virgem, aí escondida por religiosas fugindo ao invasor.
E, perante tanta devoção e carinho que a muda Joana dedicou à imagem, a Virgem, por milagre, concedeu-lhe o dom da fala.
E, agora, numa pedra devidamente polida, poder-se-á ler a seguinte quadra: Joana era pastorinha, / Sua mãe era forneira, / Esta arranjava bom trigo / Moído na mó alveira.
Como sempre tem acontecido, o padre Zé Manel celebrou missa na Igreja do Santuário em acção de graças por mais um ano vivido em comunhão entre o religioso e o profano de todos os habitantes que se irmanaram neste anual e comunal convívio com cerca de uma centena de pessoas provindas – para além de Vila Seca – de Armamar, Coura, Folgosa e Marmelal.
Com os mesmos assadores do costume – o António do Belchior, o Mino e o Arménio -, coadjuvados por todos os corpos gerentes do Grupo Recreativo, foi servido um bom almoço, em que não faltaram o frango assado, o entrecosto e fevras, acompanhados com bola de carne, pão diverso, saboroso arroz de hortelã, vinho do bom da região, fruta da época e doces variados.
O referido repasto teve lugar, por causa da chuva, nas instalações cedidas amavelmente pelos responsáveis do referido Santuário da Lapa, a quem daqui renovamos o nosso bem-haja por tudo de bom que nos fizeram.
Para o ano, se Deus quiser e o homem se dispuser, novamente recriaremos as passadas caminhadas rumo a um futuro promissor e fraterno.
Então, fiquem bem, e até ao próximo 25 de Abril.
José Amaral
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