Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
terça-feira, 28 de abril de 2015
O naufrágio da esperança
2 comentários:
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.
Caro Dinis Carmo, companheiro de blogue,
ResponderEliminarCompreendo e partilho o seu desgosto pelos sucessivos desastres na travessia do Mediterrâneo. Mas não partilho das suas crenças quanto às causas do que se está a passar, sobretudo no que se referem ao exílio de tantas populações (não só africanas nem provenientes de ex-colónias). Esses povos fogem à miséria, sim, mas também à guerra. Guerra esta que lhes foi “vendida” pelo Ocidente. A exportação das democracias ocidentais para os países-cobaia, em especial o Iraque, a Síria e o Líbano, não falando do Afeganistão, deu isto. Não seria exigível que tantos conselheiros e decisores dos Governos americano, francês e inglês, previssem que financiar e ajudar certos grupos (Al Qaeda e outros), na sanha de derrubar alguns ditadores, acarretaria males enormemente maiores?
Ainda bem que reconhece que a contestação estava na “boca do povo”. Vox populi, vox Dei… É verdade que muitos dos que escolheram ou se viram forçados ao exílio, passearam-se nas “belas ruas de Paris”, mas nem todos viviam à grande. Eu, por acaso, fui dos que escolheram ficar. Mas, afinal, não me deixaram ficar, mandaram-me para a Guiné sem me pedirem opinião, durante dois anos que, aliás, considero terem sido roubados à minha vida. Também não vim de lá rico. É que as colonizações – e explorações congéneres – não se exerceram só sobre pretos e nativos. O seu avô, provável e infelizmente já não entre nós, bem o poderia confirmar, se pudesse.
Amigos deste nosso espaço que do Céu nos foi dado: eu também estive na Guerra Colonial, precisamente na Guiné, a apodada Vietname Português. E sempre respeitei, penso que sim, os que lá estavam. Todavia, os militares mais boçais, é que não tratavam lá muito bem as gentes de lá. Considerei-os iguais a mim e não me arrependi.
ResponderEliminarTodavia, o que se está a passar no Mediterrâneo é o resultado da muita sobranceria das más políticas e dos homens que fabricam armas, em vez de pão, apesar de 'nem só de pão vive o homem'. Olhemos o semelhante como nosso irmão.