segunda-feira, 20 de abril de 2015

Das longevas cestas tradicionais ao interior das malas das mulheres

Eis abaixo o texto que hoje enviei à dominical revista NM:


Das longevas cestas tradicionais ao interior das malas das mulheres

Depois de desfolhar e ler a multicolorida NM de 19/4, versando a moda e a engenhosa criação de muitos portugueses ao recriarem novos mundos visuais que vão partilhando pelo mundo, chamou-me particular atenção as renovadas cestas tradicionais de junco e verga que fizeram parte da minha juventude.
De facto, nos comboios entre a estação do Peso da Régua e a estação de São Bento, que tantas vezes frequentei, elas faziam parte integrante das bagagens de muitos e muitos passageiros.
Hoje, as ‘netas’ Toino Abel são a recriação mais bem elaborada das ‘avós’ da minha juventude, trazidas ao mundo visual através da ‘arte e engenho’ do jovem visionário Nuno Henriques que, desde Castanheira, perto de Alcobaça, lhes deu o passaporte, a fim de viajarem para todo o mundo global em que hoje vivemos.
E, sobre a ‘viagem ao interior das malas das mulheres’, direi que elas – as malas – nunca são grandes de mais, pois elas, de facto, podem conter em seu âmago o mundo de muitos mundos aparte, encerrados por um simples fecho, a que só a mulher sabe e pode desvendar ou responder, se quiser.

José Amaral

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