Ultimamente, passo bastante tempo na aldeia, base da nossa subsistência
em frutos e bens essenciais para a nossa alimentação.
Contudo, há muitos concidadãos que olham a aldeia e suas
gentes com bastante desdém, apesar de cobiçarem o muito de bom que lá existe,
fruto de árduo trabalho e muitas canseiras.
Então, a colheita da azeitona, é muito agreste e pesada,
dada a época invernosa da sua apanha.
Depois de limpa da folha, a azeitona é ensacada e levada
para a azenha, para que, após esmagamento, se extraia o saboroso e puro azeite,
o tempero por excelência nas nossas cozinhas para a nossa alimentação, ou a luz perene que ilumina há
séculos O Divino Espírito Santo, em todos os altares das igrejas espalhadas
pelo mundo.
E muitos de nós não sabemos quantos quilos de azeitonas são
necessários para se ter um litro de azeite. Em anos de bom rendimento, são
precisos 5 a 6 quilos.
E, pronto, a todos os ‘viciados’ das paisagens idílicas que
abundam pela nossa bela e laboriosa ruralidade, só lhes peço que metam também a
mão na massa, ‘sujando-a’ na terra abençoada e fecunda de onde brota o pão, não
se ficando apenas pela sua contemplação. É que o amor também é dor para ser
amor de verdade.
José Amaral
Senhor José Amaral, os meus parabéns por manter tão belas tradições familiares e que sei serem violentas como em tudo que a vida do campo diga respeito. No entanto, não posso deixar de lamentar que nos dias de hoje, na maioria dos altares, não é o azeite que arde mas sim Kilowatts.
ResponderEliminarMeu Caro Jorge Morais, muito grato lhe fico pelas suas palavras. E também comungo do seu lamento, acerca do uso desenfreado dos Kilowatts. E ainda dizem que querem salvar este nosso belo PLANETA AZUL, cada vez mais enegrecido pelo uso criminoso do ser que o habita - o pequeno homem.
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