quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

FILHA DA TERRA

Filha da terra
me entrego
ao rio de energia que envolve os corpos 
e os enche de luz,
fome de partilha,
cor
e aroma de paixão.
Pobre de quem vive sem viver.
Pobre de quem ama sem sofrer.
Pobre de quem ouve sem escutar.
Filha da terra me entrego à vida.
Barro a ser moldado pelo sentir,
pelas tuas mãos feitas extensão de mim.
Filha do Universo sou.
Partícula de amor suspenso,
incondicional,
difuso,
cristalino,
elemento dos elementos
com que a vida se constrói.
©Graça Costa



7 comentários:

  1. ...e A POETIZA É, ELA MESMA, UM POEMA!

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    1. apesar de me ter feito corar...fico muito grata pelo comentário.
      Obrigada

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  2. Aí está um piropo poético, bem escolhido, mas que não sei se a Lei em vigor contra o piropo, o abrange. Espero que não, pois se for considerado crime público a coisa, em princípio, começa a estar feia. Num país governado por gente tonta, com a mania de esperta, a inteligência e a beleza terão que suplantar todos os escolhos. Parabéns à poetisa, linda, e ao comentador profundo.

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    1. é verdade...um piropo poético que foi muito bem acolhido, por isso não corre riscos de ser denunciado às autoridades tão zelosas da educação e bons costumes.
      Muito obrigada caro colega pelo gentil e generoso comentário.

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  3. ...E só agora reparei que ficou um "gato" a miar na "poetisa", que não se escreve com "z", mas isto de escrever directamente na pantalha dá destas coisas...

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    1. O que valeu foi a intenção e a mensagem estava tão evidente que eu, ao lê-la, nem dei pelo erro ortográfico, porque a intenção genuína supera as regras artificiais.

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  4. um pormenor sem importância - obrigada de qualquer forma com Z ou com S.
    Bom fim de semana a ambos

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