sábado, 22 de fevereiro de 2020


Acalanto Para Um Rio...


...”Escolheu um disco de vinil e colocou-o no prato do velho gira-discos. “Acalanto para um Rio”, de Dora, a Cigarra, cantora brasileira que, suponho, conheceu alguma notoriedade nos nos setenta. O que me leva a supor isto é a capa do disco. É o desenho de uma mulher em biquini, negra, bonita, com umas largas asas de borboleta presas às costas. “Dora, a cigarra – Acalanto para um Rio – O Grande Sucesso do Momento”. A voz dela arde no ar. Nas últimas semanas tem sido esta a banda sonora do crepúsculo.Sei a letra de cor”.

 

“Nada passa, nada expira
O passado é
um rio que dorme
e a memória uma mentira
multiforme.

Dormem do rio as águas
e em meu regaço dormem os dias
dormem
dormem as mágoas
as agonias,
dormem.

Nada passa, nada expira
O passado é
um rio adormecido
parece morto, mal respira
acorda-o e saltará
num alarido”.


Transcrito do livro anexo por
Amândio G. Martins

1 comentário:

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