quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020


Um espanhol que nos queria e era querido...


Houve um tempo, dezenas de anos atrás, que comprava álbuns de música ligeira, de artistas de todo mundo, portugueses também, que os havia muito bons;  e havia programas radiofónicos que, a determinadas horas, passavam os discos pedidos pelos ouvintes, aos quais era exigido que dissessem uma frase publicitária previamente anunciada. Quando me apareceu em casa uma publicidade a um álbum chamado “Discos Pedidos”, encomendei logo e enchi a barriga  de ouvir artistas que, no género, era do melhor que havia, entre eles Patxi Andion, com o tema “Palabras” (Vigésimo aniversário).

Como tudo muda, e os meus filhos, à medida que iam crescendo, abominavam a “minha”música, apanhados pela onda roqueira, a montanha de discos em vinyl que me acompanharam uma porrada de anos ficou arrumada porque, entretanto, também surgiram os discos compactos e outros equipamentos de leitura de música.

Todo este arraial de palavras para dizer que fiquei encantado de poder ler parte do poema “Palabras”, que o prof. Hélder Pacheco um dia destes inseriu na sua crónica semanal no JN, que o recebeu em mensagem de um amigo, segundo disse, aquando da morte do  artista espanhol, que veio a Portugal muitas vezes, a primeira em 1969.


                                        De   Patxi Andion:

“Veinte años de estar juntos / esta tarde se han cumplido. / Para ti...flores...perfumes, / para mi... / algunos libros. / No te he dicho grandes cosas / porque...porque no me habriam salido, / ya sabes... / cosas de viejos... / requemor de no haber sido. (...) Hoy, en esta noche fria, / casi... como ignorando el sabor de la soledad compartida, / quise hacerte una cancion / para cantar... despacito, / como se duerme a los niños. (...) / Sera... sera que esta cerca  el rio... / o es que estamos en invierno / y estan llegando... / estan llegando / los frios”.


Amândio G. Martins






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