segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Ainda - e sempre - a DEMOCRACIA.

No passado dia 3/Fevereiro, 2ª feira, enviei uma carta ao PÚBLICO intitulada " O meu domingo com a democracia". Reportava ao dia anterior, domingo, e não foi publicada. Foi espoletada pelos três artigos de fundo, escritos por Teresa de Sousa, Álvaro Vasconcelos e Vicente Jorge Silva (VJS), com os títulos de " Confissões de uma europeia triste", "O ódio contra a democracia" e "Cresce a insatisfação contra a democracia", respectivamente. Todos pessoas idóneas, mostrando um desencanto que, na minha óptica, é mais medo, pelo que se está a passar no mundo. Posteriormente - em 7/Fev. - foi Tiago Moreira de Sá que com o seu artigo "Dias cinzentos para a democracia" voltou a "remexer na ferida", com o mesmo tom. Finalmente, ontem, VJS volta á carga com " Insatisfação com a democracia em Portugal", agora sem o medo e sim - infelizmente - dando compreensão e razão aos que trocam a democracia por tudo o que representa o seu contrário. Aos autores, "percebendo-os", não os compreendo. Como disse, no final da tal carta, a DEMOCRACIA vale por si e vale sempre a pena vir à liça por ela, julgando as suas falhas mas "perdendo a educação" que tem permitido aos que não se importam com essas "minudências"..., como eles lhes chamam, tudo atropelando.

Fernando Cardoso Rodrigues

NOTA: Não resisto a "aconselhar" a leitura da entrevista dada ao PÚBLICO de ontem, domingo, por Viriato Soromenho Marques. Desde há muito que me identifico com o seu pensamento político, mas, entre outras coisas que lá vêm, relevo a frase também pelo jornalista aproveitada para "caixa" de sub-título: " Vive-se hoje numa tensão entre inteligência artificial crescente e uma estupidez natural também crescente". Só acrescentaria à "estupidez", a "pérfida intenção"....

2 comentários:

  1. Aproveitei - e que bem que fiz - o seu conselho sobre a entrevista de Viriato Soromenho Marques. Em tópicos, deixe-me referir algumas ideias marcantes que retive:
    1. A Economia e a Gestão modernas (impregnadas de neoliberalismo, do qual tarda demais a vermo-nos livres…) não conhecem limites. Tudo gravita em torno do crescimento infinito (sei que este tema lhe é muito caro, como a mim também).
    2. O bem comum é inimigo do bem pessoal de alguns (os que possuem e mandam).
    3. Para bem da Humanidade, o primado deve ser do político e não do económico.
    4. A ganância tem alguma inteligência por detrás? Acho que não, mas não "lhes" falta "esperteza".
    5. Curiosa aquela teoria dos três tabuleiros que, sinceramente, não conhecia. Engenhosa sem ser complicada.

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  2. Ainda agora o Trump anunciou que vai reduzir ainda mais os apoios sociais para dar à defesa...

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