segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Mais que racismo


O que aquela turba ululante fez durante o jogo entre o Vitória de Guimarães e o F.C.Porto ultrapassa em muito o racismo. Se a isso se resumisse, poderíamos ter visto idênticas provocações dirigidas a outros intervenientes no jogo, em ambos os clubes, também eles diferentes da facção “macaqueante”. Só por isso, já foi certificável a imensa estupidez reinante, mas, ainda mais, é fácil vislumbrar naquelas gentes muito ódio, que vem não só da xenofobia que “acarinham”, mas também do discurso clubístico que diariamente lhes é inculcado, sobretudo por dirigentes que, quando muito, poderão ter competência para dirigir o galinheiro lá de casa, e por comentadores que, coitados, não têm a culpa toda, porque, por razões insondáveis, há quem lhes dê antena. Alguém devia lembrar a toda esta casta de f(uteb)oleiros que, mesmo no futebol, os pés servem para jogar. Não para pensar. 
Fico à espera de ver quantos daqueles “valentes” que exibiram a sua “coragem” na bancada virão a terreiro assumir frontalmente as responsabilidades pelos seus actos criminosos. Público - 18.02.2020 - truncado das partes sublinhadas.

3 comentários:

  1. «...e por comentadores...porque, por razões insondáveis, há quem lhes dê antena...». As razões do tempo de antena, não são insondáveis, são para alimentar o circo futebolístico, para tentar que não se pense nos assuntos sérios, como as dificuldades para o pão de cada dia e outras necessidades básicas e justificáveis no século XXI.

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  2. É sabido qu as claques agregam toda a escória da sociedade, que à sua sombra dão vazão ao que há de mais animalesco, mas os clubes não só não procedem como deveriam como ainda as apoiam com importantes meios; e parece-me correcta a decisão do Varandas, no Sporting, que precisava ser seguida pelos outros clubes, ao menos aqueles onde os distúrbios são frequentes. Dito isto, também me pareceu excessiva a gesticulação de Marega; muitos outros jogadores já sofreram o mesmo abuso, como há dias vi Williams, em Espanha, saír calado e de cara no chão, falando depois à imprensa da mágoa que lhe causaram...

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