quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

E que tal uma palmada?


Em abstracto, ninguém merece aplauso por rasgar, ostensivamente, uma missiva que o remetente, ali presente, acabou de lhe entregar. Muito menos se tudo se passar em ambiente de alta formalidade, onde, teoricamente, só se encontra gente bem educada, ainda que, como todos sabemos, eivada de hipocrisia até ao tutano. Descendo ao concreto, o assunto poderá ter outro tipo de entendimento, como foi, claramente, o caso protagonizado por Nancy Pelosi, após a insolência inaudita de Donald Trump, que a deixou de mão “pendurada”, numa inexplicável recusa de lha apertar. A passar-se tudo no século XIX, ninguém se escandalizaria por uma sonora bofetada que a presidente da Câmara dos Representantes norte-americana pudesse infligir àquele senhor que faz as vezes de presidente do país mais importante do mundo. A evolução na luta pela igualdade de género, desta vez, “safou” Trump de uma humilhação pública que bem merecia. Não venha ele, agora, queixar-se de que as mulheres deviam remeter-se ao remanso do lar...

3 comentários:

  1. O sujeito também desandou rápido, nem dando tempo a que a senhora, se fosse desse tipo, que não é, lhe assentasse a merecida "estalada"...

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  2. O problema é que de "lambada em lambada", com rasgar de discursos pelo meio, não sei onde vamos parar...

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