sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020


Quando o inacreditável é verdade...


Lendo o título da notícia do JN: “Directora de lar condenada por forçar crianças a comer o próprio vómito”, a gente é levada a pensar que se fez justiça; só que, continuando a leitura, fica-se a saber que a dita cuja, se calhar por ser “uma pessoa com formação superior e formação específica de assistente social, e também catequista(!), só levou com três anos e meio...mas  de pena suspensa.

De notar que esta – não encontro um nome suficientemente adequado para lhe dar -  andou oito anos a maltratar crianças já de si muito fragilizadas, em regime de acolhimento, talvez porque, para gente assim, estas crianças têm menos direitos que aquelas a quem nada falta, pondo-lhes na cabeça pó de matar formigas para despiolhá-las, e quando não queriam comer – imagino que qualidade de comida - tapava-lhes o nariz, empurrava-lhes a cabeça para trás, metia-lhes a comida à força pela boca e, se vomitavam, obrigava-as a comer o vómito!

Os actos praticados e provados foram classificados pelo tribunal de Matosinhos de “Práticas totalmente desadequadas, em que a ré agiu com a intenção de molestar a saúde física e psíquica , bem como a autoestima, de crianças muito jovens e em situação de especial vulnerabilidade, que estavam ao seu cuidado,  completamente indefesas e incapazes de se queixar”.

 Todavia, depois de concluírem assim, dão como atenuante o que deveria ser agravante, que é a formação superior,  o facto de também ser catequista, e estar agora a trabalhar num hostel, quando uma pessoa assim, a meu ver, deveria ser colocada numa pecuária, não a cuidar dos porcos, coitados, mas exclusivamente a limpar-lhes a pocilga!...


Amândio G. Martins



2 comentários:

  1. "não encontro um nome suficientemente adequado para lhe dar". Eu encontrei: f.... da p...
    Só não encontro é um nome para dar a quem lhe deu pena suspensa.

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  2. Pois, mas o seu "achado" parece-me demasiado brando...

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