quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020


Como minas de ouro...


Um daqueles empresários viciados em jogo sujo nos negócios que,  para conseguirem o que querem, não olham a meios, tentou corromper um vereador da Câmara de Lisboa para permuta de um terreno de grande valor por outro ainda mais valioso; e para  abordar o delicado assunto pediu uma reunião com um advogado irmão do vereador que, desconfiando das intensões do figurão, foi preparado para gravar a conversa.

É sabido que grande parte dos homens de negócios vêem no Estado uma mina de ouro, a ponto de, no caso em apreço, ocorrido há já quinze anos e nos tribunais até ao presente, o sujeito ter oferecido duzentos mil euros ao vereador para que lhe “facilitasse” a transacção, só que a coisa não correu como previu, porque o irmão do vereador gravou mesmo a conversa e fê-la chegar às autoridades.

Mas o que se seguiu é um daqueles tristes casos da nossa Justiça, que acabou por ilibar o traste e condenar o denunciante por ter recorrido a um meio não permitido para desmascarar a tramóia; e o que é revelador de muita coisa preocupante é ter sido condenado em segunda instância com “ajuda” de um juíz que até já foi expulso da magistratura por corrupção!...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Ora cá está um caso que me causa "formigueiro". Que me causa revolta. 15 anos à espera! O gajo ainda teve ajuda dum juiz que até já foi expulso. Mas ainda mexe...
    Isto não devia acontecer, em Democracia. Isto é alimento da mais alta qualidade para o populismo. É fillet mignon.
    Gostava de acreditar que é excepção. 1 em cada 100? Não. 1 em 200? Ainda é pouco. Afinal eles acham que devem ganhar mais do que o primeiro-ministro. O grau de exigência tem que ser muito elevado.

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