quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O apelo do Presidente...


Perante o drama dos refugiados o Senhor Cavaco fez um apelo à Europa para lutar pela dignidade humana . Um apelo que se justifica dados os dramas diários por que passam milhares de seres humanos que aspiram por uma vida digna . Não se esperaria outra coisa do Presidente. Mas não deixou de referir também que o êxodo não se deve explicar apenas das guerras na Siria, outras causas que contribuíram para este estado de coisas. Não se referiu mas presume-se que estava a pensar … Por exemplo as intervenções dos Estados Unidos, no tempo de Bush, no Iraque, Afeganistão, apoiadas pela Europa, NATO, e os aliados , Reino Unido, do senhor Blair, até o apoio claro de Portugal , senhor Barroso, a Espanha, do senhor Aznar…Essas intervenções destabilizaram esses países cujos regimes foram desmantelados deram lugar a formação de grupos extremistas violentos que têm espalhado o terror por todo o mundo. Tambem o Ocidente inclusive os Estados Unidos , contribuíram de alguma forma para a falência dos regimes, Libia, Tunisia, Egipto , dai as consequências que agora estão a sofrer os povos dessas regiões. Como não bastasse a desgraça que se abateu sobre a Europa, os Estados Unidos não se pronunciaram ainda  perante este drama nem consta que tivessem dispostos a receber refugiados contrariamente alguns países da América Latina que já se pronunciaram, dispostos a receber mais refugiados, Brasil, Venezuela, Chile, e outros , como a Austrália , que querem também lutar pela dignidade deles . Ao apelo do Presidente faltou o apelo aos Estados Unidos para que venha em auxilio dos aliados a lutarem pelos direitos humanos de milhares de seres humanos que têm sido sistematicamente violados. A forma de resolver este grave problema não poderá deixar de passar pela realização de uma conferencia internacional com a presença das principais potencias mundiais e da Rússia , o Irão, países que por razões de interesses estratégicos dão apoio ao presidente da Siria. Sem esta conferencia a situação tende a agravar-se, se forem por diante os bombardeamentos anunciados pela França e Reino Unido, com o cortejo de desgraças mais mortos, e destruição de bens.
 

 Francisco Pina

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