Ao ler esta semana que dois investigadores australianos tinham encontrado resposta para o grande mistério do Triângulo das Bermudas, não pude deixar de me recordar do receio que tive em plena década de 70 do século XX, altura que fiz o meu baptismo de voo e logo numa viagem transatlântica e que desconhecendo a rota, só me lembrava das noticias alarmantes do desaparecimento de barcos e de aviões. Passados cerca de quarenta anos dei comigo a pensar que também por cá tivemos o nosso Triângulo genérico de triste memória mas com um poder destrutivo a pedir meças ao original. No vértice do lado AB, a ex 4ª figura do Estado e ex-Presidente do STJ, Noronha do Nascimento. No do lado BC o ex-PGR Pinto Monteiro o mais felizardo com direito a um livro com dedicatória do autor e esgotado logo após ser editado. No do lado CA de Cândida Almeida a ex-procuradora adjunta que não achou importante ouvir o ex-primeiro. Se quanto aos lados podemos escolher entre Equilátero, Isósceles ou Escaleno, quanto aos ângulos, apenas dois: Acutângulo ou Obtusângulo mas nunca Rectângulo pois todos eles foram tudo, menos rectos. Na minha opinião, estamos perante um fenómeno pois pois trata-se dum triângulo sem lados opostos o que será um problema a resolver por quem se interessa por geometria e isto para não incomodar o Pitágoras. Esta gente, sim, era um exemplo de independência do poder político a tal ponto que irá constar dos compêndios de direito. A independência era tal, que foram mandadas incinerar todas as provas comprometedores contra o principal suspeito. Fazendo comparações e para concluir, temos actualmente gente responsável à frente da justiça que actua sem olhar a cores partidárias ao contrário da pouca-vergonha dos anteriores. È lamentável que as pessoas não saibam ler nas entrelinhas, não é verdade Paulo Rangel? Que tristeza que passados mais de 40 anos do fim da ditadura, tenhamos que ser politicamente correctos. Jorge Morais – Porto
Publicada no Jornal i em 08.09.2015
Muito bom,
ResponderEliminarGostei muito, meu Caro Jorge Morais.
ResponderEliminarÉ sempre reconfortante ler estas palavras amigas. Agradeço aos companheiros deste blog senhores Afonso e Amaral bem como a quem apreciou mas para evitar ir parar a alguma lista, opta pelo silêncio. Sabem, quando comecei a enviar cartas para os jornais e que aqui reproduzo, pois para isso fui convidado por Maria do Céu, tenho apenas uma preocupação: vir a ser desmentido por ter dito alguma mentira. Ainda há dias, quando opinei sobre Timor, de nada me adiantou transcrever para aqui uma opinião da insuspeita Ana Gomes a confirmar o que disse sobre Manuel Carrascalão. Sabem, chamaram-me e cito de memória: salazarento, colonialista, virgem ofendida, que não tenho sequer 2 centímetros cúbicos de cérebro, etc. No contraditório, não tiveram coragem de me desmentirem. Metralharam com mais ofensas. Acobardei-me pois essa troika, que não chega aos calcanhares de Manuel Carrascalão, merecia uma resposta diferente. E aqui vergo-me a José Horta que tem coragem para responder à letra embora por vezes possa parecer que exagera.Mais uma vez, renovo os meus agradecimentos e peço desculpa por me ter desviado do assunto
ResponderEliminarQuem não deve não teme. Vá em frente, não se desviando daquilo que pensa pela sua cabeça.
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