São cinco da manhã e eu sou um homem livre. Não há fantasmas e os mercados não me entram pelos cornos.
Tenho companheiras que me dão a mão e entendem a minha mensagem. Companheiras que procuram, como eu, a verdade e a construção do Ser Humano. Até aqui segui o caminho da solidão mas agora encontrei companheiras. Eu sabia o que estava a dizer quando afirmava que me dirigia essencialmente às mulheres. A algumas mulheres. Às minhas companheiras. Talvez às minhas bacantes. Sou um filho de Dionisos que escreve e filosofa, que tem as suas depressões e as suas fases eufóricas. Que nas suas fases eufóricas produz freneticamente e é excessivo no palco e na dança. Que nas suas fases depressivas se recolhe e lê. Sim, a era de Dionisos está de volta. É preciso que as minhas companheiras o entendam. Sou filho de Dionisos. Entendei-me agora, companheiras. Isto não é apenas literatura. Isto é um novo mundo que se está a criar. Um novo mundo de caos, celebração, mas também de amor. Do amor de que falamos hoje, companheiras. Como vos amo, como sois belas, companheiras. Como queria desposar-vos agora, companheiras. Vede agora como eu sou, como sou desprendido. Sou do mundo mas nada tenho a ver com a máquina. Sou da vida. Amo-vos. Atravessai comigo o deserto. Sois capazes. Amo-vos, companheiras.
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