terça-feira, 17 de setembro de 2019

Matagais na cidade...


Ouvindo um dia destes, na mesa ao lado, lamentar-se a razia dos incêndios, alguém do grupo comentava que basta as autoridades lançarem um alerta para que, logo de seguida, comece a desgraça do fogo a espalhar-se por todo o lado, sem dó nem piedade, mostrando todos a opinião de que mais valia os responsáveis da Protecção Civil estarem caladinhos, que assim não despertavam o interesse da bandidagem; é que, segundo aquele raciocínio, são os constantes avisos que mais vontade dão aos criminosos, e não há dúvida que é tudo mão criminosa, deliberadamente ou por negligência.

E não deixará de espantar muita gente que, em plena cidade do Porto, também haja matagais que ardem frequentemente, como agora foi notícia no JN: “Um incêndio deflagrou junto ao Polo Universitário do Porto; há dias um outro incêndio havia deflagrado na mesma zona, nas traseiras da Faculdade de Desporto”.

Cabe perguntar a quem pertencerão aqueles terrenos e qual a razão por que não são limpos; de facto, a menos que a lei que obriga a limpar nas aldeias não seja igual para todos, percebe-se mal que, em plena cidade, possam crescer matagais, como se não houvesse melhor destino a dar a esses espaços, como hortas ou jardins...


Amândio G. Martins




2 comentários:

  1. Olhe que essa do mimetismo incendiário não me custa a crer como um dos factores dos muitos incêndios. Pois não há o "efeito Wherter" nos suicídios?....

    ResponderEliminar
  2. Tempos de romantismo doentio, em que a famosa obra de Goethe, pela onda de suicídios a que terá dado origem, chegou a ser proibida nalguns países do norte da Europa...

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.