domingo, 8 de setembro de 2019


Capitalismo de rosto humano...


A cumprir-se o que na “Fortune” de setembro se revela, Milton Friedman, ideólogo-mor do capitalismo selvagem, “must be turning in his grave”, perante os novos propósitos dos líderes das grandes companhias que, finalmente, parece terem percebido o apelo lançado por Bill Gates em 2008, no forum de Davos: “To provide rapid improvement for the poor, we need a system that draws in innovators and business in a far better way: making profits and also improving lives for those who don´t fully benefit from market forces”.

Numa reunião de cerca de 200 executivos das principais companhias americanas, começou a ser posto em causa o mandamento primeiro do executivo capitalista, que era criar lucro para os accionistas; de facto, um “new statement” diz-nos que algo está a mudar, como criar valor para os clientes, investir nos empregados, na inclusão social, tratar com ética os fornecedores, apoiar as comunidades onde as empresas se inserem, enfim, um capitalismo ao serviço da sociedade inteira.

Como diz a CEO da IBM, Ginni Robertty: “Society gives each of us a licence to operate; it´s a question of whether society trust´s you or not”. Estava a escrever isto e a ouvir o Mário Augusto falar do filme “Easy Rider”, e retive um diálogo em que, quando um dos protagonistas dizia viver num país livre, o outro o questionava quem pode dizer que é livre quando está sujeito a  ser comprado e vendido no mercado...


Amândio G. Martins

4 comentários:

  1. Hum!... A "Fortune" diz isto, a "Time" diz o contrário ( post do Amândio Martins em 1/9)...

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  2. Bom, as preocupações manifestadas na "Time" deixam de fazer sentido, se forem concretizadas as intenções reveladas pela "Fortune"...

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    1. E se for a "Time" a ter razão, a "Fortune" vai á vida... Prognostico mais esta hipótese...

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