sábado, 14 de setembro de 2019


Público sábado, 14 de Setembro de 2019



Museu Salazar



Estamos num tempo sem memória e sem História, parecendo que não temos passado, unicamente presente e só presente.

Hoje, quando se fala um pouco na História, normalmente a mais recente, parece que tem que ser única e exclusivamente para haver arrependimento “agora”, pelo que os nossos antecessores fizeram “ontem”.

E não para “contar” o que foi feito e como foi feito, de facto, uma vez que o passado — bom ou mau — é imutável, foi assim que aconteceu, em determinada época, perante determinadas condicionantes.

 Aconteceu, nada há a fazer, espera-se que não se repita, e para isso é importante ter memória com História.

Salazar existiu, não foi nada bom, mas não se deve esconder o que aconteceu.

Augusto Küttner de Magalhães,

Porto

4 comentários:

  1. Em tese, estou de acordo consigo no dever de não apagamento da memória. Agora -e o próprio título que deu ao seu texto o diz - não concordo nada que essa memória seja feita à custa de lugares-santuário. E aqui, a designação que se dá ao monumento, a localização e outros itens, conta e conta muito. Se é necessário mostrar, com análise crítica (o que a fez a Alemanha), um período histórico, sim. Senão... não. Tenho quase a certeza - e o seu caso pessoal mo indica - que se voltasse a escrever o texto... lhe "daria uma volta".

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  2. O titulo não é meu, mas estou totalmente de acordo com este mesmo titulo. Depois não é necessário criar santuários, para isso já chegam os do Futebol.
    E se há medo às palavras, andamos a fazer de conta, o homem foi muito mau, mas existiu e era Salazar.

    PONTO.
    Na Áustria quiseram destruir a casa onde nasceu Hitler, para lá criar um restaurante, e esquecendo que Hitler era lá nascido e austríaco e não conseguiram. E as guinadas da Áustria à extrema-direita não têm nada a ver com Santuários a Hitler que não existem!!!!

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