Devo confessar que não sou, de
todo, um apreciador de Paulo
Rangel e dos seus estilos de fazer
política à base de soundbites.
Tão-pouco lhe reconheço outro
mérito que o de aparecer nos sítios
adequados e nos momentos certos,
para fazer “prova de vida”, sem
nunca se comprometer com nada.
Aliás, as suas intervenções políticas
e estratégia de campanha nas
últimas eleições europeias são
disso prova, conseguindo um dos
piores, senão o pior, resultados do
partido. Resultado? Voltou para
Bruxelas tranquilamente, deixando
Rui Rio à mercê de todas as
críticas, limitando-se a continuar
as suas intervenções pontuais, visando já o pós-Rui Rio.
Por este facto, surpreende-me
que venha conseguindo sobreviver
a todas as lideranças do PSD,
mantendo-se como eurodeputado
em Bruxelas.
Neste caso, o que motiva a minha
intervenção é o escrito de ontem no
PÚBLICO, sobre Elisa Ferreira e o
pelouro que lhe foi atribuído.
Sabe-se da sua aversão a António
Costa e da sua dificuldade em
digerir as sucessivas derrotas que
vai sofrendo, mas responsabilizar o
PM por não ter conseguido um
pelouro importante para a nossa
comissária parece-me não apenas
excessivo como odioso.
Para quem está há mais de dez
anos no PE, é preciso não ter a
noção do verdadeiro “peso” de
Portugal no contexto europeu para
exigir o céu e responsabilizar quem
não o consegue. De Paulo Rangel,
podemos esperar quase tudo,
menos uma palavra de conforto positiva ou uma atitude
conciliatória. Dele, tudo é ácido,
amargo, insuportável…
Rui Reis Pereira
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