quinta-feira, 12 de setembro de 2019


Quando a vida pesa tanto...


Diz a notícia do JN que o suicídio mata, no mundo, uma pessoa a cada 40 segundos, num total de 800 mil mortes por ano, mais do que a soma das provocadas pelas guerras, pelo cancro da mama e homicídios; é a segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 29 anos, depois dos acidentes rodoviários, diz um relatório da Organização Mundial de Saúde.

Mas o que me parece um caso de estudo é que são os países de mais altos rendimentos, supostamente onde as oportunidades para todos são maiores, que a taxa de suicídio é enorme, três vezes superior à dos países de médios e baixos recursos, onde Potugal é apontado com 14 mortes por 100 mil habitantes, número que é contestado pela Direcção-Geral de Saúde, que revela dizerem as tabelas oficiais do INE que são 9,5 por 100 mil.

Este tema trouxe-me à memória o que há muitos anos se falava da Suécia, país com altos padrões de vida e enorme taxa de suicídios, dando-se para isso as mais variadas explicações, do tipo daquelas que também surgem quando há notícias de suicídios de artistas de prestígio mundial; como explicar que, vivendo vidas que às multidões parecem de sonho, escondem dramas que os levam à autodestruição?

Alguma coisa certamente poderá se feita para minimizar a “hecatombe”, mas parecem-me risíveis algumas das medidas preconizadas pelo director-geral da OMS: “Restrição no acesso a pesticidas e armas, formação dos jovens, identificação precoce do risco e interacção com os media para uma comunicação responsável sobre suicídio...


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Será que o ser humanos não aguenta?... Quando "pobretes mas alegretes" as crianças morrem que "nem tordos" de diarreia, tuberculose e, as mais das vezes, de desnutrição. Quando comem, lavam as mãos e são vacinadas... suicidam-se. Tenho uma ideia, até pela comparação das estatísticas " dum e doutro lado" do "dilema" especulativo que atrás coloquei, mas fico-me por aqui...

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  2. Uma das explicações possíveis é que o ser humano precisa de desafios; se tudo lhe é proporcionado facilmente, o tédio acaba por destruí-lo...

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