quarta-feira, 11 de setembro de 2019


Os actos falam por quem os pratica...


Haverá mesmo “horas do diabo", ou não passará de patranha com que se tentam desculpar actos indignos de gente que vale pouco? Alguém que não se acanha em demonstrar frequentemente não ser boa pessoa, como acreditar nas qualidades com que a si próprio se ornamenta, que não são mais que patético expediente para tentar enganar incautos?

Um figurão qualquer arma na rua uma escarcéu por nada que o justifique, quando se vê atrapalhado pelos efeitos da sua estupidez, em vez de pedir desculpa, puxa dos documentos e apresenta-se como juíz, indo ao extremo de dar “voz de prisão” à pessoa que incomodou; como pode ser reconhecida a um tal elemento estatura de juíz, quando o seu comportamento cívico desmente que tenha tais qualidades?

Vi há pouco numa televisão espanhola ser debatido um caso exemplar, que me pareceu não ser  fácil ver por cá: O Supremo Tribunal das Canárias condenou o juíz Salvador Alba a seis anos e três meses de prisão efectiva, mais quinze anos de inabilitação para o cargo, e ao pagamento de 60 mil euros de indemnização à ofendida, juíza Victória Bosell.

Para destruír uma colega numa profissão de alta responsabilidade, este fulano engendrou com um empresário amigo uma tramóia, com agravante de ter usado meios oficiais, que criou à senhora e família gravíssimos problemas no seu prestígio; tendo sido eleita deputada ao Congresso  pelo partido “Podemos”, quando surgiu o escândalo da acusação do colega pediu dispensa até que tudo se investigasse, ficando agora completamente esclarecido o que não passou de uma falsidade gravíssima, praticada por inveja de um seu igual na magistratura...


Amândio G. Martins



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