sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Cobaia não, obrigado

 

“La mía es más grande que la tuya”...

 

 

Se é verdade que todos já fomos, ou ainda somos, cobaias de qualquer coisa, uma situação que eu, de livre vontade, nunca passarei é ser cobaia de uma dessas vacinas que agora lutam pela supremacia; sabendo-se, de tanto ouvir os especialistas, que uma vacina demora às vezes até dez anos para que possa ser dada como fiável, e pouco mais de meio ano passou desde que os mais diversos laboratórios iniciaram a “guerra”, mais económica e política do que verdadeiramente interessada em salvar vidas, como vem sendo demonstrado com a classificação da eficácia que cada uma das ditas mais avançadas apregoa, “quem tiver olhos veja e quem tiver ouvidos ouça”.

 

Perante a “correcção” que o consórcio germano-americano acaba de fazer, depois de ter anunciado que a sua vacina oferecia uma eficácia de 90%, ao ver que os concorrentes anunciavam maior eficácia, eleva agora a sua para 95%, na TV espanhola “La Sexta” -  que é o canal de televisão que mais vejo - brincava-se com o tema, usando expressões brejeiras do tipo “Quién la tiene más grande”; quando, num assunto tão sério para a saúde no mundo inteiro, vemos um medicamento que tantos esperam ser assim “marcantilizado”, uma forma de lhes mostrar que nem toda a gente andará a dormir é dar-lhes uma boa gargalhada na cara, ao mesmo tempo que também protegeremos a saúde mental...

 

 

Amândio G. Martins

3 comentários:

  1. Eu, mesmo com 90% de eficácia, vacinar-me-ei.

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    1. Eu também. Embora deplorando o espectáculo deprimente em que esta guerra comercial se tornou.

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  2. Pois que Deus os proteja, e a mim que não me desampare, claro...

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