PÚBLICO Segunda-feira, 9 de Novembro de 2020 (A. Küttner)
Hospitais militares
deveriam ser civis
Não estamos no tempo da ditadura, nem das guerras coloniais que justificariam a existência de hospitais militares.
Hoje, dada a dimensão do país, a dimensão das Forças Armadas e as funções destas, não se justificará a subsistência de hospitais militares.
Como não se justifica a manutenção, ainda hoje, de demasiados quartéis.
Alguns — quartéis — fecharam por ser mais do que evidente a sua desnecessidade — por exemplo, Mafra, alguns no centro do Porto e não só —, mas tantos ainda estão abertos sem se justificar que assim continuem.
Talvez um dia haja tempo e condições para serem de facto bem reestruturados todo e cada espaço militar no nosso país, aos tempos actuais, à democracia, às necessidades.
Quanto aos hospitais militares, tal como os hospitais civis, são pagos pelos impostos de todos nós. E não só no tempo dramático da covid-19, os hospitais militares deveriam ser maioritariamente utilizados por civis.
E se é mais do que necessária a colaboração entre o SNS e as unidades de saúde privada, por que razões não passarão os hospitais militares para a área do Ministério da Saúde, e quando qualquer militar seja ferido ou adoeça em serviço é imediatamente tratado num hospital civil?
Augusto Küttner de
Magalhães, Porto
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