quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Escorpião é sempre escorpião

 

Rui Rio no seu labirinto...

 

 

Também penso que o líder social-democrata se equivoca, se pensa que pode “domesticar” aquele ex-militante do seu partido que decidiu emancipar-se, adoptando uma linha de conduta de rotura com tudo o que a democracia tem construído; é que o tal do André,  de boa figura e retórica fácil, até pode maquilhar-se de moderado para agradar a Rio, mas que este não se iluda, porque a natureza do “escorpião” não deixará de revelar-se, mais cedo que tarde.

 

Vimos isto aqui bem perto, quando em Espanha surgiu o Vox, liderado por um sujeito que tinha feito carreira política desempenhando importantes cargos no Partido Popular; saíu com o argumento de que não podia estar num partido de corruptos, mas fundando um partido cuja carta de princípios é a corrupção de tudo quanto a democracia espanhola construíu de bom.

 

Para conseguir formar governo em importantes regiões de Espanha, nas quais o PSOE tinha ganhado sem maioria, o PP não hesitou aceitar o voto fascista, fazendo concessões que chocaram muita gente e ficando sujeito a todo o tipo de chantagens, a última das quais foi a moção de censura ao Governo de coligação de Esquerda, na qual toda a gente da política viu que ela entalava mais o PP do que o Governo, de tal forma que só no dia da votação se soube que os populares votavam contra, quando os fascistas esperavam, se não o apoio, pelo menos abstenção; da dura troca de palavras de Casado e Abascal, retive estas frases finais dos discursos de ambos: “Señor Abascal: no le gustamos. Usted a nosotros, tampoco; “Señor Casado: lamento lo que usted ha hecho hoy aqui.Ha dado una patada en la esperanza”...

 

 

Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Felizmente, pelo facto e pelo momento de aparecimento, que já existe um documento - " A clareza que defendemos " - assinado por dezenas de pessoas da direita democrática (o primeiro subscritor é Adolfo Mesquita Nunes) que se demarca da burrice ideológica que levou ao conúbio acoreano.

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  2. Como no célebre poema, "há sempre alguém que resiste"...

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