terça-feira, 24 de novembro de 2020

Venham eles, obedientes

 

Como qualquer outro aparelho...

 

 

Vi numa televisão que uma investigaçao nos USA concluíu que os robôs podem perfeitamente passar a ser os acompanhantes das pessoas idosas e parece-me uma excelente ideia, tanta coisa já fazem essas máquinas que, ajustadas à exigente função de ajudar os velhos nos cuidados diários, seria um alívio até para os próprios, que deixariam de estar sujeitos aos maus humores de gente que só trabalha com eles porque precisa do dinheiro, que não só não mostram a mínima compaixão como ainda os agridem; vi um dia destes, passada numa residência para idosos da Catalunha, uma chocante cena que, dizia quem comentava o vídeo na TV, está longe de ser caso único naquelas casas de acolhimento onde, só em Espanha, morreram mais de vinte mil com a primeira "ola" da pandemia: uma senhora, caída no chão, estendia a mão para que a empregada ajudasse a levantar-se, mas o coirão divertia-se, dando-lhe a mão e deixando-a caír sucessivamente, no meio de gargalhadas alarves.

 

E como os robôs estão cada vez mais aperfeiçoados, o cliente poderá escolher por catálogo, macho ou fêmea; eu escolheria um do tipo daquela “Simone” de que Al Pacino se “aproveitou” -  oferecida por um génio da informática moribundo,   para substituír uma “estrela” insuportável -  tão perfeita que deixava os concorrentes da “sétima arte” intrigados, tudo fazendo para descobrir como e onde ele a tinha desencantado, e usando todo o tipo de manobras para chegar à fala com "ela"...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

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