A discussão sobre o OE 2021, em especial nos aspectos tocantes à sua votação, apreciando-se os que o aprovam ou não, causa-me alguma perplexidade. O que é um Orçamento? É, de um lado, um conjunto de autorizações de despesas consoante as suas naturezas e, do outro, uma listagem de previsões de receitas (incluindo empréstimos) que vão suportar as primeiras. O Governo não estará obrigado a gastar as verbas previstas, e disso sabemos muito bem desde que vocábulos como cativações invadiram o nosso quotidiano. Em tempos como os que correm, em que nenhum “vidente” prevê com segurança a um mês de distância, qual o “drama” de alguém votar a favor ou contra o OE? Deverá ser discutido, sim, mas na convicção de que não vai ser cumprido, com rectificativos ou suplementares pelo caminho. Talvez seja a altura, então, de sermos coerentes com o que pensamos, o que, em meu entender, terá feito o Bloco de Esquerda, sem preocupações tacticistas. Estou, pois, de acordo com a crítica que Fernando Rosas endereçou ao Director do PÚBLICO no texto “Frivolidades”, publicado no passado sábado. Resta-me aplaudir a posição do jornal que permite semelhantes “aleivosias”.
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