domingo, 5 de abril de 2015

Vai-te lucro...



Ficámos a saber, muito recentemente, que o nosso Governo só sabe fazer contas para amanhã. O depois de amanhã, o ano que vem, o tempo dos nossos filhos e dos nossos netos é… demasiadamente longínquo.
Há muito que suspeitava que as poupanças nas despesas da saúde, habilmente confundidas com o corte nos desperdícios dos serviços de saúde, ia ficar-nos, a prazo, muito caro. Confirmei a suspeita.
Com a sua gestão de “rigor”, o até há pouco excelente e eficientíssimo ministro da Saúde acomodou-se aos dinheiritos que a sua colega das Finanças, na senda do antecessor, lá vai libertando para as funções que tutela.  Melhor aluno entre os bons alunos, Paulo Macedo nunca refilou com a senhora professora.

Conclui-se que foi leviano. Quero crer que os cortes que lhe apresentaram tinham uma condição subjacente: “não ponha ninguém em perigo”. Afinal, o principal risco é ser internado num hospital. Poupa daqui e poupa dacolá, é aí que se concentra a maior incidência na infecciosidade: a prevalência de infecções hospitalares é de 10,5%. A média dos países europeus é de 5,7%. Brilhante! Mas só em gestão financeira a curto prazo…

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